quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eye in the Sky

O Fred me recomendou este filme há muito tempo, finalmente tive tempo de assistir a esta obra Chinesa.



-BOM




SINOPSE:
Eye in the Sky mostra o lado obscuro de Hong Kong. Mostra a perseguição da elitista polícia Chinesa contra ladrões. O pontapé inicial é o roubo numa joalheria.

SOBRE O FILME: Ele é interessante pelo seu ritmo frenético. Todas as cenas possuem músicas que combinam com a câmera "balançando" (que faz parte do ritmo frenético e rápido do filme), e você se deparará com muitas cenas sem fala, para você ficar observando, assim como é o trabalho da personagem principal (OBSERVAR).

Ele é divertido também por mostrar o lado obscuro e realista de Hong Kong, a imagem dele é meio "suja", com as ruas super populosas e imundas, fazendo parte do clima mais "Dark" do filme. A edição também é muito boa, com cortes precisos e uma sincronia de música e cena perfeita.

A atriz principal atua muito bem, além de ser muito bonita, e o elenco foi muito bem escalado.

Mas ele peca num ponto CHAVE de um filme, a história. Ele consegue fazer com que o enredo não pareça artificial, dando ares de que aquele filme realmente pode acontecer na vida real, mas retrata de maneira superficial o sentimento das personagens, fazendo com que basicamente as personagens sejam apenas "a sua função" no trabalho deles, assim como os bandidos.

A história não é original, e não "dribla" os clichês de forma criativa, por isso mesmo ele acaba sendo bastante previsível, o que pode decepcionar alguns.

Eye in the Sky não é ruim, longe disso! Ele é divertido, é bem atuado, tem boa fotografia, é bem dirigido também (com poucas falhas), mas peca na história não original e cheia de clichês, que deixa o filme bastante previsível.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Como treinar o seu dragão

No Rio Sul, fui com a pretensão de assistir o filme da Sandra Bullock, mas como a sala estava sem ar condicionado, resolvi pegar o Como Treinar o seu dragão. Este é mais um bom filme de animação.








- MUITO BOM

SINOPSE: O filme se passa em um mundo cheio de Vikings musculosos e dragões selvagens. Um adolescente esquelético e desajeitado, filho de Viking, decide matar um dragão para se tornar um herói, provando seu valor à tribo e ao pai. Mas quando ele se torna amigo do dragão, seu mundo vira de cabeça para baixo.

SOBRE O FILME: Praticamente todo filme de animação 3D utiliza a mesma fórmula para agradar as crianças e os adultos. Uma fórmula utilizada há muitos anos e que agrada a muitos: Coloca bastante comédia, um personagem bobão, bastante cenas absurdas que só é possível fazer em animação, bastante caras e bocas, a parte final com lutas épicas (em que basicamente todo o elenco se junta) contra o vilão, e terminando feliz.

Este é mais um filme que utiliza essa fórmula repetitiva, mas de uma forma muito agradável e interessante. A originalidade fica mais por conta da parte gráfica, as personagens são bastante estilizadas em tom infantil. O que chama mais atenção na parte gráfica são os belíssimos cenários. Algumas cenas impressionam com os cenários tão bonitos, praticamente uma obra de arte. Os dragões são feitos para parecerem um animal de estimação, daqueles que você dirá "que fofinho".

A história não tem muito o que dizer, ela é bastante divertida mas é totalmente previsível (mesmo surpreendendo em algumas cenas). Tem muitas cenas engraçadas, com piadas típicas de animação em 3D (algumas bem manjadas, mas que farão você dar algumas gargalhadas mesmo assim).

Caso queiram assistir a um filme bem leve e divertido, está bem recomendado. É um filme muito bom e você sairá do cinema satisfeito. O único detalhe é realmente ter uma história que segue uma fórmula que está começando a ficar desgastada, mas do resto, é mais um excelente filme de animação.










Ilha do Medo


Fazendo uma visita ao Barra Shopping e destruindo o último dinheiro que tinha no meu cartão de crédito (rsrsrsrs), resolvi assistir a este filme do conceituadíssimo Martin Scorsesse. Por mais que um cinéfilo vá ao cinema tentando não ter expectativas, não há como você não esperar por alguma coisa. Este filme é daqueles "ame ou odeie", dependendo de quanto tempo você leva para matar a charada.




- Razoável / Ruim




SINOPSE: No ano de 1954, os agentes federais Teddy Daniels e Chuck Aule investigam o desaparecimento de uma interna do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe. Ao viajarem para a ilha de Shutter - localizada em Massachusetts - para cuidar do caso, eles encontram uma rebelião de presos, devido a um furacão que se aproxima da ilha, e ficam impossibilitados de sair da ilha.



SOBRE O FILME: Este filme é um dos mais difíceis que tive para analisar, pois como disse anteriormente, ele pode ser um filme maravilhoso para uns, e um filme terrível para outros, dependendo do que você busca ao assistir este filme.

O problema é que há uma charada "a lá" histórias de Agatha Christie e Sherlock Holmes que você percebe logo no início do filme. O problema é que se o espectador desconfiar a solução certa logo no início do filme, todo o resto é comprometido e extremamente previsível, e o final fica totalmente sem sentido.

Para quem não matar a charada e acompanhar de perto a investigação de Teddy Daniels, pode se impressionar com o filme e seu final revelador. Tudo é uma questão de perspectiva.

Em relação a parte técnica tudo é bem feito: atuação, trilha sonora, ângulos da câmera, etc. A direção é razoável, Martin Scorsesse não fez necessáriamente um trabalho ruim, mas pecou por deixar "pistas demais", que para os amantes de um bom suspense de romances policiais, saberão de todo o desmembramento do filme.

Caso queira se aventurar em um suspense "mais simples", assistam.
Mas prepare-se para se frustrar bastante, ou para adorar o filme. Não há um meio termo.

Educação (An Education)

Aproveitando a chuva aqui do RJ que me impede de sair de casa, estou atualizando-o com um filme que eu vi com as mulheres do CTAV: Mariri, Ana Luísa e Débora Produtora. Educação é mais um filme com uma história bem tradicional, mas que agrada por ser muito bem feito.




- MUITO BOM




SINOPSE: No período após a Segunda Guerra Mundial, nos subúrbios londrinos da era anterior aos Beatles, uma jovem brilhante está dividida entre se preparar para estudar em Oxford e a opção mais empolgante oferecida por um carismático homem mais velho.


SOBRE O FILME: Ele nos conta uma história tradicional, diversos filmes já abordaram ou tangeciaram este mesmo assunto, mas poucos devem ter explorado-o de maneira tão profunda. O filme nem precisava ser "de época", pois a história dela é referência para as mulheres de todas as épocas que quando se apaixonam, acabam anulando a própria personalidade.

O filme capta bem o espírito de uma paixão não dominada, que leva as pessoas a tomarem decisões erradas através do poder da sedução. O foco principal é a conduta da Jenny em relação a própria vida, e em até que ponto os pais podem influenciar certos comportamentos de uma pessoa.

Um ponto brilhante é a forma doce e suave que Jack conduz seu relacionamento com Jenny, sendo que o espectador nota nas primeiras cenas que há "algo errado" com ele, mas que não deixa de ser um personagem carismático por causa disso.

A iluminação, atuação, os cortes, a música, tudo é muito preciso e bem feito. O filme tem um ritmo muito bom, que acaba por valorizar ainda mais esta obra.

Educação não é um filme "espetacular" e "inesquecível", mas sem dúvida é um típico filme bom, que traz alguma mensagem para o espectador e o faz de forma extremamente agradável. É daqueles filmes que você sai do cinema questionando certos valores.

Vale a pena assistir!

domingo, 14 de março de 2010

P.S Eu te amo

Durante tempos a Aline me pediu para assistir a este filme, sempre dizendo "aposto que você irá gostar!". Meses depois, no estágio, minha amiga "Mariri" resolveu me dar uma cópia do filme dizendo que ele possuía semelhanças com o clássico Japonês "Simplesmente, te amo" *Já resenhado neste blog*. É mais um ótimo filme.



- MUITO BOM




Sinopse: Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma jovem bonita, feliz e realizada. Casou-se com o homem de sua vida, o divertido e apaixonado Gerry (Gerard Butler). Mas ele fica doente e morre, deixando Holly em estado de choque. Antes de falecer, Gerry deixa para a esposa uma série de cartas. Mensagens que surgem de forma surpreendente, sempre assinadas da mesma forma: P.S. I Love You .

Sobre o filme: É uma adaptação do romance com o mesmo nome, escrito em 2004. O filme é bastante sensível e apesar do tema ser meio "pesado" as cenas são leves e descontraídas, muitas vezes sendo cômicas.Ele é perfeito para as pessoas que gostam de filmes românticos, daqueles que as mulheres vão dizer :"Ahhhh, que marido perfeito é esse! Eu quero um homem desses para mim".

A trilha sonora é ótima, a atuação também, os atores foram muito bem selecionados, e a fotografia vai melhorando ao longo do filme. As cenas também são muito bem dirigidas, e o diretor pegou um lado bem "humano" das personagens, daqueles que você se lembrará de alguém que faz parte da sua vida.

A personagem principal possui uma grande dependência emocional do marido, e as cartas servem para ao longo do tempo ela conseguir viver a vida sozinha, superando a morte do amado. Uma história bastante imaginativa, original e interessante.

O defeito que não o faz ganhar a nota "imperdível" é por ser um filme tradicional Hollywoodiano. Ele tem uma direção excelente e é muito divertido, mas as cenas e o roteiro são escritos com uma técnica muito utilizada para agradar os espectadores. Isso não é ruim, mas de certa forma deixa o filme um pouco previsível. Nada que manche a excelente imagem da produção, mas que acaba afetando na nota final.

PS Eu te amo é um filme excelente, conta com um tema inovador e é interessante. Além da excelente direção e a seleção dos atores. Só tem o único pecado de ser um pouco "tradicional", mas que não chega a ser algo ruim. Assistam! Este filme vale seus 120 minutos de duração .

sábado, 13 de março de 2010

Em algum lugar do passado


Descobri este filme da maneira mais estranha possível. Assistindo ao programa da "Márcia", estava passando uma sessão chamada "Desabafo", com uma linda música ao fundo, quando meu tio diz "Essa música é do filme 'Em algum lugar do passado', aquele filme é maravilhoso, fala sobre um amor utópico, assisti quando eu estava nos Estados Unidos' ", fiquei interessado, afinal eu sempre amei aquela música. Ele é impressionante.




- IMPERDÍVEL





Sinopse:
Em maio de 1972, na noite de estréia de sua peça, o jovem escritor Richard Collier (Reeve) se depara com uma senhora que misteriosamente pede para ele voltar para ela. Intrigado ele começa a investigá-la e descobre que ela foi uma conceituada atriz de teatro, no início do século, chamada Elise McKenna (Jane Seymour, de A Família Robinson). Obcecado, ele tenta achar meios de viajar no tempo para re encontrá-la.

Sobre o filme: Este poderia ser "mais um filme romântico", mas vai além disso. Ele já começa bem pelo tema inovador: Romance com viagens no tempo, o que para muitos poderia ser infantil, mas acaba por ser uma obra bastante madura e questiona sobre as "fronteiras do amor".

Ele não chega a ser aquele "amor meloso" em que duas pessoas vão passar por adversidades enormes, etc , mas mostra a tentativa de um homem em conquistar uma mulher de maneira romântica e inteligente.

O filme conta com diversas cenas que marcam...

SPOILER!!! NÃO LEIA SE NÃO QUISER SABER

Depois que Richard consegue voltar ao passado, ele fica treinando no espelho de como deve se aproximar da Elise, ele fica uma boa parte do tempo falando com o espelho "Senhorita Elise... eu gostaria... melhor não falar isso... Senhora Elise, eu precisaria...". Depois de se decidir o que vai falar, ele resolve encontrá-la. Ela está no Jardim de um hotel, quando ele se aproxima dele, ela é a primeira a falar "É você?", ele se impressiona e diz "Sim...sou eu!".

Esta cena é genial, o diretor quis passar aquela famosa frase "Nada do que planejamos realmente acontecerá". E de alguma forma eles foram feitos "Um para o outro".

FIM DOS SPOILERS

O filme tem uma fotografia excepcional, atuações ótimas (é o filme mais famoso do Cristopher Reeve, depois do Super-Man), músicas que combinam com cada cena, além da música tema ser inesquecível .

O interessante é que os dois personagens principais possuem o que chamam de "Química", além de serem muito bonitos. A atriz Jane Seymour estava no auge de sua beleza neste filme, ainda mais com a elegância das mulheres da década de 1920. Dificilmente você não se envolverá na história desta obra.

É uma pena que ele não foi muito divulgado, mas se tornou um desses "filmes cults".

Em algum lugar do passado é um filme para todos aqueles que gostam de um excelente filme, sendo romântico ou não, ele merece ser assistido.




Requiem para um sonho

Depois de ouvir falar muito bem desse filme, resolví assistí-lo com um certo "pé atrás" (geralmente quando falam muito bem de um filme eu acho que não vou gostar). Este realmente merece a fama que tem.




- IMPERDÍVEL





Sinopse: Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.

Sobre o filme: Esta produção aposta na inovação, logo não utiliza uma linguagem tradicional de filmes, o que causa estranhamento inicial e parece um "Filme maluco", mas tudo é feito para mostrar o vício e a dependência dos usuários de drogas.

Requiem para um sonho abusa de todos os métodos para mostrar a vida de pessoas viciadas: As músicas parecem de filme de terror, a edição abusa dos cortes *são mais de 2.000 ao longo do filme, um filme comum tem média de 700 cortes*, os efeitos especiais também(como agilizar as imagens, ou colocar em modo câmera lenta, além de outros), além de tentar ao máximo em seu roteiro mostrar a visão distorcida de uma pessoa que usa drogas.

O interessante é a linguagem que o diretor propôs para este filme, não é algo que você tenha visto antes, por isso chegou ao título de "filme cult" (por ser diferente dos tradicionais). Ao longo do filme vamos vendo as vantagens e desvantagens dos usuários de drogas, e como as pessoas podem ficar obcessivas em conseguir o prazer imediato, ou simplesmente um "atalho" para chegar ao peso ideal.

O título do filme também revela muito da proposta: "Requiem" tem sempre a ver com morte ( A palavra vem do Latim e significa Repouso), e "para um sonho" porquê as personagens possuem ideais a conquistar, mas graças ao uso excessivo das drogas eles acabam destruindo suas próprias vidas.

A atuação é ótima, as músicas são ótimas, o enredo é maravilhoso e a direção é espetacular! Este filme é imperdível, e só quem assiste sabe o quanto este filme pode ser bom. Você nem sentirá os 102 minutos de filme passarem.

Requiem para um sonho retrata a vida dos viciados em drogas, abusando de todos os métodos possíveis para fazer isso. Por usar uma linguagem diferente, ele pode causar estranhesa inicial, mas que pode fazer os espectadores se viciarem nesta película tanto quanto os personagens são viciados em drogas.






terça-feira, 2 de março de 2010

More than Blue

Quem me conhece sabe que sou um grande fã de produções Japonesas. Mas na tentativa de diversificar um pouco, resolvi pegar alguns filmes de outras nações Asiáticas para saber como eles trabalham. Muitas vezes eu tive decepções, mas dessa vez, este filme que veio diretamente da Coréia do Sul agradou. Apesar de um pouco enfadonho no início (que me fazia pensar: Vou colocar o filme como "BOM" apenas), ele ganha um ritmo que o faz ter uma nota boa.


-MUITO BOM!





Sinopse: Kay e Cream possuem uma história de vida muito parecida, e daí nasce uma grande afinidade entre os dois. Sabendo que o maior medo de Cream é viver sozinha, Kay esconde uma doença que carrega dentro de seu corpo, e os dois acabam morando juntos.

Sobre o filme: O título original do filme *More than Blue é o nome americano* pode ser traduzido como "Uma história mais triste que a tristeza", e nesse ponto sou obrigado a discordar. Apesar de bastante dramático, a extração do tema poderia ter sido ainda melhor explorado, fazendo as pessoas chorarem ainda mais ao longo do filme.

O início é um pouco enfadonho, mas eventualmente ele começa a ganhar um certo ritmo, e chega ao seu climax na parte final. De qualquer modo, vemos que houve um grande esforço da produção em fazer algo grandioso, de maneira perfeccionista, com um roteiro bastante inteligente.

Um ponto que me chamou a atenção muito positivamente é o foco do personagem principal. Ao longo do filme você fica se perguntando "quem é o personagem principal?", pois uma hora o filme gira totalmente em torno do "Kay", e gradativamente tudo começa a girar em torno da "Cream", algo de certa forma incomum e bastante interessante.

Algo que reclamei na resenha anterior (Tokyo Boy) em que as cenas eram repetidas exatamente iguais, acontece de maneira positiva aqui. Eventualmente o filme fará você rever algumas cenas anteriores com novos ângulos, com novas falas, que se passou um pouco antes, ou depois da cena. Tudo de um jeito bem executado, pois garante você conhecer um novo lado da personalidade do personagem presente.

Apesar da história um pouco clichê e tradicional, o filme surpreende ao longo com a ação das personagens, e conta com um final com partes esperadas e inesperadas.

De negativo temos a trilha sonora (conhecido como Background Music ou BGM). Um filme como esse merecia músicas mais presentes. Ela está em pouquíssimas cenas, e praticamente não fazem diferença ao longo do filme. Em compensação, a música tema do filme é muito boa, e fará você não querer desgrudar dos créditos até o último segundo da faixa.

A atuação é boa e convence, mas não chega a impressionar. A direção é muito boa, mas podia ter sido ainda melhor.

More than Blue mostra que a Coréia do Sul sabe fazer bons filmes. O tema é muito interessante e as cenas são muito bem dirigidas. O único detalhe é que a história poderia ser ainda melhor explorada (apostar mais nas sutilezas, troca de olhares, etc) e as músicas poderiam ser mais presentes também. O início enfadonho vai cedendo gradativamente a um filme que se mostra cada vez mais interessante, com um final espetacular, e com uma música tema muito bem composta.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tokyo Shonen (Garoto de Tóquio)

Mais uma vez na casa do Filipe, insônia da madrugada, assisti a este filme Japonês adquirido há milênios. Só a tela da TV iluminando o ambiente, e comendo um sanduíche, não há nada melhor. Infelizmente esta obra não é boa quanto as outras produções Nipônicas que eu assisti.



- Razoável / Ruim



Sinopse: Minato é uma menina aparentemente normal que se apaixona, porém ela tem alguma doença que nem ela mesmo sabe o que é. Quando era pequena, ela perdeu os pais e desde então se corresponde por cartas com uma pessoa misteriosa chamada "Night", os dois nunca se encontraram.

Sobre o filme: O filme apesar de parecer interessante, cai num marasmo enorme ao longo dos 90 minutos. O problema é repetir as mesmas cenas com outros ângulos, muitas vezes para mostrar um detalhe a mais, algo que o espectador não tinha visto. A idéia é interessante, mas ela não é bem executada. É irritante assistir a 20 minutos do filme, e depois re-assistir mais 20 minutos as mesmas cenas, com míseros detalhes a mais que não compensam assistir tudo.

As músicas são razoáveis, há poucas faixas, e lembram músicas de Chopin. São calmas e tranquilas, deixando o clima do filme ainda mais "arrastado", mas cumprem o seu papel.

Os planos de cena são longos e com poucos cortes, o que é praticamente uma marca do cinema Japonês. Mas como o assunto da doença da menina não foi bem explorado, estas cenas são aquelas que farão você bocejar e ficar mole em sua cadeira, tirando um cochilo durante o filme. Os atores são bons.

Há poucos momentos de brilho graças ao tema. O espectador fica preso a assistí-lo até o final, pois não sabe o que acontecerá, e quer saber como terminará a doença da Minato, qual o destino do casal principal do filme, etc. Este mérito o filme tem. Algumas cenas como a Minato olhando para o espelho, as personagens descobrindo qual é a doença, etc, deixam o filme com momentos interessantes. Isso faz o filme "respirar" um pouco, dando vontade de assistí-lo.

O principal problema do filme é a "alma", a direção. A fotografia é boa, as músicas cumprem seu papel, a atuação é normal. Mas o diretor não soube extrair ao máximo o tema que podia ser interessante. A idéia é inovadora, mas foi péssimamente executada.






quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

GHOST


Mais um filme que tinha na minha coleção e que ainda não tinha assistido. De madrugada sem sono, resolvi assistir a este filme com as luzes apagadas e apenas com a luz da Televisão iluminando o ambiente com um sanduíche nas mãos. Não há nada melhor.


- MUITO BOM



Sinopse: Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore) formam um casal muito apaixonado que tem suas vidas destruídas, pois ao voltarem de uma apresentação de "Hamlet" são atacados e Sam é morto. No entanto, seu espírito não vai para o outro plano e decide ajudar Molly, pois ela corre o risco de ser morta e quem comanda a trama, e o mesmo que tirou sua vida, é quem Sam considerava seu melhor amigo. Determinado a se vingar, proteger sua garota e fazer as declarações de amor que nunca fez, Sam procura a ajuda da vidente Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), uma divertida trambiqueira que não vai se livrar desse fantasma tão fácil.

Sobre o filme: Mais um clássico do cinema, e o filme de maior bilheteria de 1990. Interessante ressaltar que a história do filme é corajosa, pois pela primeira vez fizeram um Drama /Romance com o tema de "vida após a morte" de um jeito sério. Este filme é o típico "bom filme", daqueles que você pega andando no TeleCine e fala para seu amigo "Eu vi um filme muito bom outro dia".

A história é bem densa e desenvolvida, apesar de ser ficção e em alguns momentos passar tons de artificialidade. A atuação é boa, com grande destaque para Whoopi Goldberg ( ganhou o Oscar por este filme) que é excelente e marcante. As músicas também são boas, e graças ao filme a música "Unchained Melody" ganhou fama mundial (a música original é de 1955, e Elvis Presley também cantava no final da carreira - http://www.youtube.com/watch?v=66mLdqGl_uw ).

O filme mistura drama e comédia de maneira leve e divertida, não fará você "chorar" de rir, e nem "chorar horrores" nas cenas dramáticas (excetuando o final), tudo é feito moderadamente para agradar os espectadores. Raras são as pessoas que assistirão este filme e dirão que não gostam. Os efeitos especiais também merecem lembrança, são muito convincentes.

A Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg) é hilária. Ela é uma vidente charlatã que acaba virando vidente de fato, ela é muito engraçada e garantirá boas risadas ao longo do filme.

Um filme que marcou época e que merece ser assistido por todos aqueles que amam um bom roteiro. Ele só não recebeu o status de "Imperdível" no blog por algumas cenas que parecem artificiais (Espíritos quebrando janelas / Whoopi Goldberg gritando com o espírito no meio da rua e ninguém olhando para ela, etc) que não deveriam passar despercebidas pela produção, além de que em alguns momentos mais dramáticos as cenas poderiam ser um pouco mais "impactantes". São apenas detalhes, mas que fazem alguma diferença na nota final.

Assistam, vocês irão adorar!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amadeus

Vem aí: PROJETOR ONLINE! (Mesmo BLOG, novo nome). Em breve...

Depois de adorar algumas músicas desse compositor clássico e marcante, resolvi comprar o filme sobre sua vida. Minha mãe sempre me dizia "Veja Amadeus, é um filme maravilhoso! Tenho certeza absoluta que você gostará!". Depois de comprar, fiquei um longo hiatus sem assistí-lo, simplesmente por fazer outras coisas. Hoje a tarde, resolvi colocá-lo, e fiquei chocado com a qualidade do filme. Sem dúvida uma obra de arte e merecedor de todos os prêmios que recebeu.


IMPERDÍVEL




Sinopse: Na Viena de 1871 vive o jovem músico e compositor Wolfgang Amadeus Mozart. Rebelde, virtuose, simplório e abençoado por Deus com talento incomparável, ele alvo de inveja e cobiça de Antonio Salieri o músico oficial da corte austríaca insatisfeito com suas composições de elegia ao rei e seus talentos para executá-las.Mesmo idolatrando, o compositor despreza o modo de vida do gênio, sua vida desregrada e nada convencional. Mozart alterna momentos de extrema pureza, e outros de extrema grosseria. E Salieri não se conforma. Transforma a ambos em rivais de morte. Humilhado com o que não pode vencer, o talento insuperável de Mozart, ele trama a humilhação do seu opositor na vida, com o fracasso e a miséria.

Sobre o filme: Se existisse uma nota acima do imperdível, este filme conquistaria este status. É impressionante como conseguiram reproduzir a vida do Mozart em riqueza de detalhes. O filme é absurdamente perfeccionista, e tudo é tão harmonioso que flui naturalmente. O maior medo dos cineastas é dizerem: "A fotografia / Cenários / Atuação do filme é boa", pois quando um filme é bom de verdade, as pessoas ficam tão envolvidas com as cenas que esquecem de analisar essas partes da produção! "Amadeus" faz isso de maneira maestral.

Como escrito na Sinopse, o filme conta a história de Mozart pela visão do músico "Salieri". Um homem totalmente desconhecido, que só não é mais graças a história do mestre das músicas, Mozart. A personalidade do Mozart foi reproduzida com bastante fidelidade, graças a pesquisas feita pelos cineastas. Ao contrário do que as pessoas pensam, o Mozart era LOUCO, tinha problemas mentais e não tinha freios na hora de falar besteiras, mas na mesma proporção de loucura, tinha de genialidade para a música.

Não preciso dizer que o filme recebeu 8 Oscars e foi indicado para 11. Além de ganhar 4 Globos de Ouro, muito mais do que merecidos.

Assistam, o filme já tem 26 anos, mas é tão eterno quanto as composições de Mozart. Ele é perfeito em todos os sentidos. Um verdadeiro clássico.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Invictus

INVICTUS

Indo para o BarraShopping com os amigos, ficamos num dilema sobre qual filme assistir. Depois de várias opções, resolvemos assistir a este filme do Morgan Freeman com direção do Clint Eastwood.


MUITO BOM





Sinopse: “Invictus” mostra Nelson Mandela, depois da queda do apartheid na África do Sul e durante seu primeiro mandato como presidente, quando se esforçou para que o país sediasse Copa do Mundo de Rugby de 1995. Uma grande oportunidade para unir seus compatriotas.

Sobre o filme: Vemos que é um filme que conta com a genialidade de Clint Eastwood para a parte de direção, ainda mais tendo Morgan Freeman fazendo brilhantemente o papel de "Nelson Mandela", mas poderia ser um filme "Imperdível" simplesmente se o enfoque do filme não fosse o jogo de Rugby.

As atuações são convincentes, as músicas vestem a cena muito bem, a edição do filme é QUASE perfeita (em alguns momentos há uns cortes meio bruscos que podem incomodar os mais exigentes, mas não a grande parte do público) . O sistema do filme é extremamente linear e tradicional, tudo que você conhece por um filme Hollywoodiano está presente, além de ele ser um pouco previsível.

O filme é uma adaptação do livro de John Carlin cujo o título em inglês é: "
Playing the Enemy: Nelson Mandela and the Game That Changed a Nation", e aqui está o seu maior pecado. O filme nos dá um gosto de quanto é interessante a trajetória do Nelson Mandela: Sua história de vida, seu caráter, etc. Por essas e outras, há um leve sentimento de frustração, pois o filme poderia contar a vida deste homem, e não apenas dar enfoque no campeonato de Rugby, por mais importante e inacreditável que ele fosse (quem assistir o filme pode acreditar que tudo é ficção, mas todos os eventos aconteceram). A mensagem de união, perseverança e esperança estão presentes o tempo todo.

É uma produção que deve ser assistido por todos aqueles que gostam de um bom filme tradicional . Mas justamente por ser tão tradicional, de certa forma previsível, e dar enfoque a seleção de Rugby Africana, o filme deixa um pouco a desejar. Em compensação, a atuação de Morgan Freeman e o perfeccionismo da produção dá a esta obra bastante valor.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

King Kong (1933)

KING KONG (1933)

Navegando pelos canais da TV enquanto eu estava no PC sem fazer nada, me peguei no início de um filme em preto e branco no canal "TCM". Como eu adoro o canal, resolvi assistir ao filme, quando de repente falam o nome da personagem loira "Ann Darrow" e me dou conta de que estávamos na primeira versão do filme "King Kong", a de 1933! Por eu ter gostado do Remake, resolvi assistir


-MUITO BOM






SINOPSE: Um cinegrafista fracassado, em sua tentativa desesperada de fazer um best seller, contrata uma atriz recém desempregada chamada Ann Darrow e embarca em um navio fretado para a Ilha da Caveira. Lá, eles encontram uma tribo de nativos que veneram um gorila gigante, de nome Kong. Ann Darrow é seqüestrada e oferecida como sacrifício a Kong. Para recuperá-la, os tripulantes, o cinegrafista e o escritor do filme têm que enfrentar dinossauros, insetos gigantes e o próprio gorila, que se apaixonou pela atriz.

Talvez eu tenha sido injusto em colocar "muito bom" ao invés de imperdível, considerando ser um filme dos primórdios do cinema falado, além de ter sido absurdamente revolucionário para a época, chocando os espectadores que assistiam ao filme! Mas o tempo passa, os padrões mudam, e alguns detalhes que não deveriam passar despercebidos não deixaram o filme "Imperdível".

A primeira coisa que observamos no filme é a história. Considerando a época, ela é extremamente inovadora: Um ser "irracional" se apaixona por uma moça, cineastas fracassados indo a uma ilha de nativos para fazer um novo filme, etc. Fora que todas as cenas são importantes.Ele é mais um filme em que você não se cansa ao vê-lo, todos os 105 minutos do filme são ótimos de assistir.

Outro ponto são os efeitos, apesar de hoje serem "risíveis" e com certeza ser considerado "trash" para o público, para a época era algo de deixar de boca aberta: Dois monstros gigantes lutando, ou então o King Kong pisando em um dos nativos com aquele pé gigantesco, era algo incrível. As pessoas diziam "Como eles conseguiram fazer aquilo?!?!?!", por mais irreal que fosse.

O auge do filme são os minutos finais:

SPOILER (QUEM NÃO QUISER SABER, NÃO LEIA A PRÓXIMA SESSÃO)

A cena em que o King Kong carrega a moça nas mãos e leva-a para o topo do Empire States é incrível, e merece realmente ser eternizada na história do cinema. O King Kong com medo de que a Ann se machucasse, coloca-a em um lugar seguro e se agarra ao prédio do Empire States, até que os aviões finalmente conseguem machucá-lo suficiente para cair do prédio e morrer.

Essa cena além de criativa, é genial pela carga emocional que carrega. Faz com que as pessoas que assistam o filme fiquem muito tristes com um macaco gigante "irracional", que destruiría toda a cidade, chorem por ele. Dá uma pena absurda do Kong.

Os homens do filme tinham mania de comparar a história dos dois com a "Bela e a Fera", e no final do filme o cineasta que trouxe o Kong para Nova York diz "Não foram os aviões que mataram-no, foi a Bela... que matou a Fera!", uma frase marcante, e que deixa o final do filme com uma carga emocional mais forte ainda.

FIM DOS SPOILERS

Um ponto negativo a destacar é a atuação. Não que seja necessariamente ruim, mas as cenas dramáticas poderiam ter sido melhor "encenadas". A última frase do filme, que é para ser marcante, é dita de maneira sem graça, e sem passar emoções. No remake a expressão do ator passa uma carga emocional forte. É compreensível que na época não havia tantas técnicas de atuação para cinema, e o método Stanislavisks (considerado o maior teatrólogo do mundo, ele ensina que quanto mais próximo da realidade for a atuação, mais agradará o público) não tinha penetrado ainda a "sétima arte".

King Kong é um clássico do cinema, e inspirou os filmes e séries "Tokusatsus" japoneses. E o que é para ser um filme de efeitos especiais, acaba por ser um drama. Merecidamente é dito como um dos filmes mais influentes do cinema, e deve ser assistido por todos que não tem preconceito com filmes antigos, e que amam assistir a um filme que utilizava o máximo da capacidade da produção possível na época.

Assistam o Remake para ter uma imersão maior no filme.
E assista o original para saber porque o filme foi tão importante para a história do cinema.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Godzilla (Gojira) - 1954

GODZILLA


O Blog não foi abandonado!

Depois de assistir "KING KONG" por acaso no TCM (próxima análise do meu Blog), pensei em ver outro no mesmo estilo. Pensando em "monstros gigantes atacando a cidade" lembrei logo do Godzilla. Pesquisando, descobri que existem 28 filmes com o Godzilla, e que em alguns deles conta com a participação do King Kong.

Depois de garimpar muito na internet, consegui assistir ao primeiro filme (de 1954!), considerado por muitos o melhor de todos.


- MUITO BOM




Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.

Influência do Filme: O primeiro detalhe a ser observado é o ano do lançamento do filme: 1954, quase 10 anos depois dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagazaki, que obrigaram a rendição do Japão perante os Estados Unidos. É constante as cenas referentes ao poder das experiências nucleares, sendo que o Godzilla é despertado com elas. Godzilla é a personificação do medo das experiências nucleares, isso fica bem claro.

Outro detalhe é que ele foi o primeiro grande filme Tokusatsu. Impulsionando o gênero que existe até hoje de maneira bem forte no território Nipônico.

Tokusatsu:Tokusatsu é uma abreviatura da expressão japonesa "Tokushu Satsuei" que significa "filmes com efeitos especiais". Antigamente o gênero englobava qualquer produção cinematográfica que usasse essa técnica. Atualmente é sinônimo de filmes, séries em live action de Super Heróis produzidos no Japão. Com ênfase nos efeitos especiais, mesclando técnicas de pirotecnia, computação gráfica, modelismo, entre outras. Exemplos de Tokusatus são: Cybercops, Changeman, Jaspion, Jiraya, Nacional Kid. A série Power Rangers é uma versão americana de uma sub-divisão dos Tokusatsus japoneses.


SOBRE O FILME: Godzilla surpreende por ser um filme que prende atenção do início ao fim. Não existe uma cena que possa ser considerada "Inútil", além dos efeitos especiais convencerem (considerando os padrões da época). A trilha sonora é marcante e deixa o clima do filme mais sombrio e medonho.A rápida edição deixa o filme dinâmico, além de algumas cenas de "pequeno suspense" que são mostradas, e que serão reveladas várias cenas depois.

De negativo temos a atuação, chega a ser risível em algumas cenas, a população assustada com o monstro gigante, ou então uma moça chorando sem cair uma lágrima no rosto, simplesmente deplorável. Por outro lado, as personagens são marcantes: O marinheiro "Ogata", "Emiko" e o "Dr.Serizawa" ficarão na lembrança daqueles que assistiram o filme.

Outro ponto interessante é que mesmo o filme sendo "Ação com efeitos especiais", ele tem várias partes dramáticas. Assim como a cena final que eternizou o filme King Kong e fez muitas pessoas chorarem nos cinemas dos anos 30, a cena final do Godzilla também conta com uma grande carga emocional, nos fazendo refletir e questionar.

Por fim, é um clássico filme do cinema Japonês.