domingo, 29 de novembro de 2009

Adventure Land (Férias frustradas de verão)

Adquiri este filme graças ao Fred, um amigo que conheci no estágio.O filme conta com a participação da Kristen Stewart ( a Bella da saga Crepúsculo ). Depois de quase uma semana sem tempo de assistir ao filme, finalmente pude vê-lo.



- MUITO BOM


História de fundo: Durante o verão de 1987, o jovem James Brennan acaba de se formar no colégio. Ele está à procura de um trabalho e acaba conseguindo emprego num parque de diversões, que descobre ser o local ideal para se preparar para o mundo. James conhece Emily no parque, e ambos vivem um relacionamento.

O filme foi baseado na história do diretor - Gregg Motolla.

O interessante é a inteligência do roteirista e do diretor. Eles pegaram um tema "clichê" e transformaram em algo interessante, até mesmo porquê o desenvolvimento do filme não é nem um pouco clichê, tanto que ele não é previsível e você cria expectativas a cada cena sobre "o que acontecerá?"

Ele é impressionante em algumas cenas, coisas que você nunca esperaria que uma personagem falaria para outra, você vê de forma seca e direta, causando espanto no espectador. Fora que você nunca sabe o que realmente as personagens estão pensando e concluindo, deixando o filme mais intrigante, e por isso mesmo surpreende algumas atitudes das personagens.

O lado obscuro dos jovens é mostrado de forma direta no filme, as vezes com bom humor, ou de forma dramática. Você verá pais que conhecem muito superficialmente os filhos, verá jovens usando drogas, etc. E todos os conflitos que infligem pessoas, tudo de forma despretensiosa.

O interessante é que o filme é denso, e conta com uma boa produção, apesar de não ser multi-milionária como grandes filmes de Hollywood.

AdventureLand é recomendado para todos que gostam de ver uma boa história, que mistura comédia e drama com maestria.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Lua Nova


Sexta passada eu fui ao cinema Roxy com todo o pessoal assistir a continuação da Saga Crepúsculo, o Lua Lova. Esperado por muitos, é um filme PoP que veio para alegrar inúmeros fãs teens e do início da vida adulta.


-Bom




História de fundo: Depois dos acontecimentos do "Crepúsculo", o Edward e a Bella se separam, ela fica deprimida e o Jacob aproveita a situação para tentar namorá-la.

Lendo a história de fundo, parece superficial, mas não é tanto. Durante as duas horas de filme eles tentam desenvolver bastante o sentimento das personagens.

Lua Nova é tudo que os fãs da série queriam ver: é bem melhor produzido que o primeiro , os atores estão mais bombados e as atrizes estão mais bem cuidadas, há várias cenas de homens sem camisa em que a menina do teu lado vai ficar gritando "Nossa!!!", etc. As cenas de batalha estão muito bem feitas e convencem.

O filme tenta misturar elementos de novelas teen que existem no mundo inteiro (Rebelde, Malhação, algumas séries americanas), em que um homem é apaixonado por uma mulher que gosta de outro cara e acaba chupando o dedo, com elementos de séries fictícias que fazem sucesso no mundo todo: Vampiros, poderes mágicos, Lobisomens, etc. A mistura de uma certa forma é genial, pois a Stephanie Meyer coloca mais ênfase no lado psicológico e sentimental das personagens, eles são mais humanos que super-poderosos.

Mas o que pode ser uma boa idéia, também é uma faca de dois gumes, pois acaba apelando pros lados clichês dessa mistura. Você passará metade do filme assistindo o Jacob sem camisa dando em cima da Bella, sem ocorrer muita ação (você estará no cinema olhando o filme e pensando: O filme se resume em ele dar em cima dela?)

Depois de um tempo o filme melhora, ganha consistentência, com o outro lado clichê misturado pela Stephanie Meyer: O de poderes mágicos e batalhas. Nada muito novo, você verá umas cenas de batalha entre vampiros se batendo em alta velocidade, com cenas em câmera lenta para dar mais emoção a cena, etc.

O real problema do filme é que não há uma "densidade" nele, a história não diz muita coisa. Você pode resumir o filme em poucos minutos para um amigo, por contar com um monte de cenas vazias.

De ponto positivo temos algumas escolhas do diretor que foram muito inteligentes, como a passagem das estações do ano com a Bella sentada na cadeira; Uma cena em que se jogam da montanha para pular na água, entre outras. A trilha sonora é boa (apesar de ser muito comercial, com músicas do gênero 'Está no filme, compre o CD', com músicas cantadas por bandas PoP/Rock ). A produção em geral como fotografia, efeitos especiais, mudanças de planos de câmera, tudo está harmonioso, dando mais vida a um filme com pouca densidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Delicatessen

Na última quinta feira eu fui a casa da Aline assistir filmes, acabou que a gente assistiu um só por eu estar morrendo de sono (e ela também!), que foi este chamado Delicatéssen. O primeiro longa de Jean-Pierre Jeunet (o mesmo de Amelie Poulin).



- MUITO BOM





História de fundo:
Trata-se de uma comédia de humor negro a qual retrata um futuro onde a comida é tão escassa que acaba sendo usada como moeda de troca. O enredo do filme concentra-se em um prédio em que o proprietário assassina seus inquilinos para que possa vender sua carne e garantir sua sobrevivência.

O filme não desenvolve uma única história , preferindo dar a cada personagem um enredo próprio que acabam se entrelaçando ao longo do filme.

Jeunet teva intenção de fazer um filme bizarro. E dentro desta bizarrice vemos a identidade do filme. Isso é evidente quando vemos uma personagem que tem vontade de se suicidar, mas que tenta fazer com que a culpa fosse de outra pessoa! O absurdo das situações faz com que o chore de rir, não por sadismo, mas por serem engraçadas na forma exagerada que se apresentam.

No fundo há também uma questão sociológica proposta pelo autores. As personagens são extremamente egoístas e só pensam em seus próprios interesses. Todos eventualmente perdem seus valores e literalmente se comem. Uma sociedade que está totalmente fadada a extinção.

A fotografia amarelada é para dar um ar de "pós apocalíptico", algo no estilo "enferrujado".

Um filme extremamente recomendável, excelente. O único fator negativo é a trilha sonora, que são muito poucas, quase inexistentes ao longo do filme. O diretor economizou nas músicas para propor maior imersão visual, mas algumas cenas que mereciam uma trilha sonora de fundo foi deixada de lado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Michael Jackson This is It

Hoje fui ao cinema do Rio Sul para ver este filme, confesso que estava um pouco ancioso para assistí-lo, afinal, Michael Jackson é um grande ídolo pra mim, daqueles que quando você tinha 15 / 16 anos só falava nele o tempo todo.



- MUITO BOM



Michael Jackson - This is it é um documentário sobre o que viria ser a série de shows planejados para Londres. Mostra o Michael cantando músicas inteiras, comentários dos dançarinos e produtores. Por ser ensaios, vemos que Michael não usa toda sua potência de voz e nem todo o seu esforço para dança que ele faria se estivesse em um show de verdade, era realmente um treinamento.

O filme, obviamente, tem um cunho totalmente comercial, se aproveitando de pessoas que passaram a ter uma outra visão do astro após sua morte, e também para agradar aos fãs de longa data.

Quem é fã sabe que o show era uma versão atualizada com toques de inovações dos shows das turnês anteriores.

Não há muito o que dizer! É apenas o retrato do que poderia ser um excelente show, muito bem produzido, feito por um dos maiores artistas que o Planeta Terra conheceu. Muitos fãs não conseguirão segurar as lágrimas durante o documentário, assim como há uma certa melancolia rodeando todo o filme.

sábado, 14 de novembro de 2009

Do começo ao fim


Hoje fui ao cinema do Shopping da Gávea com o Vitor Lopes assistir a esta produção nacional que aborda um tema bem polêmico, estava já com saudades de ir ao cinema, e sempre quis quebrar o meu preconceito contra produções brasileiras!



- BOM



DO COMEÇO AO FIM : um filme que me deixou intrigado na hora da escolha do bonequinho, não sabia se colocava dormindo ou assistindo ao filme, mas pelo bom argumento e esforço da produção, é um bom filme.

A história de fundo é interessante e corajosa: Dois meio irmãos se apaixonam desde pequenos e ao longo dos anos vão vivendo um romance puro e verdadeiro.

O início é forçado, mostrando excesso de beijos no rosto entre os dois pequenos, preenchendo lacunas do roteiro que não convence o espectador de que a história poderia ser verdadeira, dando ares artificiais.

Depois que os protagonistas crescem, o amor se desenvolve de maneira excessivamente erótica (não pornográfica). A cena em que tiram as roupas e o plano geral pega os dois com pênis a mostra, e depois se aproximam suavemente com troca de olhares, é uma tentativa de mostrar o amor dos dois de maneira "pura" e não tão "sexual", ou seja, mesmo eles nus, eles se amam independente do sexo, mas não convence.

Ao invés de desenvolver o amor dos dois com as falas, com as atitudes de cada um, com um personagem tendo admiração pelo outro por vários motivos, etc, passa simplesmente um amor utópico com muitos beijos e várias cenas na cama.

Apesar disso, o amor dos dois é tudo que homens homossexuais desejariam em uma relação: Dois homens bonitos, belos corpos, se amando de verdade independentemente da relação sexual (apesar das excessivas cenas de sexo), um amor bonito, sem ter vergonha de andar nas ruas de mãos dadas ou um olhando para o outro dando sorrisos, etc.

A fotografia, atuação, a trilha sonora, os planos da câmera são bons. O que realmente peca é o roteiro e cenas desnecessárias. Acredito que o filme de 1 hora e meia fosse um curta de 30 minutos, poderia ser muito mais prazeroso e interessante, ele é cheio de cenas inúteis.

O tema é interessante, mas o desenvolvimento foi falho.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Butterfly Lovers

Revirando a mochila, encontrei este DVD de um filme vindo da China, e depois do trabalho, o Fred e eu fomos vê-lo na ilha de edição.



BOM


Butterfly Lovers é uma história que possui similaridades com o romance de Shakespeare: Romeu e Julieta. Apesar de parecer uma re-edição chinesa da obra, a história pertence ao folclore chinês. O registro mais antigo encontrado é de 880 D.C. Shakespeare nasceu em 1564.

História de fundo: Um casal se apaixonou no céu e foram punidos a viver 10 encarnações na Terra. A história começa na décima encarnação. A menina entra no clube de espadachins rival ao de sua família, e lá conhece o mestre, os dois se apaixonam.

Há um grande esforço dos produtores em fazer boa fotografia, boa trilha sonora, além de efeitos bem feitos e batalhas convincentes. Mas peca no roteiro, deixando algumas cenas monótonas e que facilmente tiram a atenção do espectador. Talvez pelo roteirista se prender demais a história folclórica, o filme tem partes que simplesmente poderiam ser cortadas ou diminuídas.

As cenas de batalha são divertidas, com tudo que você já está acostumado no estilo clichê oriental: Pulos enormes, um homem matando vários, barulhos de espadas, etc. Algumas cenas do início são cômicas, e ao longo do tempo vai se tornando cada vez mais dramático, chegando ao climáx na última cena.

Um fator negativo é o excesso de clichês, apesar de bem feito, o filme é o típico estereótipo de "filme oriental", não que seja necessariamente ruim, mas o mercado Asiático está cada vez mais apostando em filmes com temas variados, sempre querendo trazer inovações.

Em resumo: Ele é bom apenas para ser visto uma vez, por ser um grande estereótipo de filme oriental muito bem produzido.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ninguém pode Saber



Começo este Blog com um filme indicado pela Aline. Graças a ela, comecei a adorar o cinema e as séries Asiáticas, que antes eu não dava tantar importância.


- IMPERDÍVEL



Ninguém pode Saber
é um filme que marca pela sua experiência visual, aqui você não encontrará uma grande trilha sonora, nem uma fotografia linda, nem uma grande variedade de cenários. Este filme te prende justamente pela simplicidade, o diretor não quis colocar "cenas chocantes", ele faz o espectador concluir o que aconteceu através das falas e dos atos das personagens, ou seja, você VÊ as cenas, e tem que concluir o que ela quis dizer.

Baseado em uma história real, o filme é todo triste, desde os seus primeiros 10 minutos, chegando no climax no final, geralmente onde as pessoas choram mais. A premissa é muito simples: Uma mãe com quatro filhos de pais diferentes se muda para um apartamento, onde apenas o filho mais velho é apresentado para o sindico, já que este não permite crianças no prédio. Então a mãe leva escondido as outras 3 crianças, e depois de alguns dias ela desaparece, deixando as quatro crianças abandonadas no apartamento.

O filme tem o título "NINGUÉM PODE SABER", mas com certeza deveria ser "Ninguém QUER saber", já que todas as pessoas que estão próximas sabem de tudo que acontece naquela casa, sabem de todas as dificuldades que as crianças estão enfrentando, mas preferem fingir que não sabem. "Eu não tenho nada com isso", é a filosofia de todos que estão perto.

É um filme muito bem dirigido, Kore-eda fez um trabalho genial, além de ter sido ele o autor e o roteirista do filme. Ele foi muito inteligente em suas escolhas, e soube transmitir com perfeição todo o drama, sem apelas pra músicas ou cenas fortes.

Enfim, um filme maravilhoso.