domingo, 13 de dezembro de 2009

Damage / Perdas e Danos

Chegando do estágio, o meu avô recomenda assistir a este filme, que ele assistiu por acaso no "Telecine Cult". Depois de muito procurá-lo, pude finalmente assistir a este excelente filme da Inglaterra.


- IMPERDÍVEL



História de fundo: Stephen, um homem que trabalha no parlamento Britânico é seduzido pela namorada de seu filho, Anna. Stephen fica obcessivo por ela.

Apesar de certa forma previsível, o diretor consegue prender a sua atenção através do "clima". Do início ao final vemos um clima pesado. Percebemos que a obcessão e o desejo das personagens principais é absurdo.

Praticamente todas as cenas possuem várias interpretações. Através dos olhares e do comportamento de certas personagens, o diretor passa a sensação de que várias pessoas ao redor dele sabem de tudo, mesmo sendo muitas vezes um ato neurótico do próprio Stephen.

O Clímax são os minutos finais do filme, com cenas esperadas e também não esperadas.

A produção é razoável, nem é super produzido, e nem é pobre, o suficiente para capturar a inteligência do diretor. As músicas se encaixam perfeitamente nas cenas, além dos planos de câmera em que sempre passam alguma informação no âmbito visual: Pode ser uma foto em segundo plano, pode ser algo escrito, etc. O interessante do filme, além da história, é a maneira como ela se desenvolve como um todo.

Essa produção Britânica é excepcional, assistam.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

The Cake Eaters / Doces encontros

Depois da análise do excelente "AdventureLand", o Fred me presenteia com mais um filme da Kristen Stewart. Assisti antes de dormir, com a chuva caindo na janela, e de baixo do meu cobertor, não há nada melhor.



- MUITO BOM




História de fundo: Duas famílias se unem com o retorno de um dos filhos que esteve na cidade grande perseguindo seus sonhos. Essa reunião invoca fantasmas do passado e questões que devem ser resolvidas.

O filme é bem curto, com apenas 1 hora e 10 de duração, mas consegue passar o que é necessário para um se gostar de um filme. Por ser produção independente, não vemos grandes cenários, nem músicas excepcionais feitas especialmente para o filme, e nem nada do gênero que uma super produção teria, mas ganha justamente no quesito mais importante: O enredo.

Inicialmente vemos uma história um pouco parada, mas depois dos primeiros 15 minutos começa a ganhar "corpo" e ficar cada vez mais interessante. O filme é progressivo, a medida que as cenas vão passando, fica cada vez mais interessante, chegando nas melhores cenas que são os minutos finais.

Kristen Stewart faz o papel de uma menina com uma doença neurológica sem cura, e é com a personagem dela que vemos sobre o que devemos dar valor. Ela é uma menina de 15 anos que quer perder a virgindade, algo comum nos dias de hoje, só que vemos que ela tem um certo trauma e um medo de não conseguir graças a doença.

O filme consegue retratar bem o que é a realidade das famílias, tanto do interior quanto as de cidade grande. Relacionamentos escondidos uns dos outros, problemas dentro da família, etc. Há um certo ar de melancolia rodeando as duas famílias principais, o que deixa o enredo com um ar melancólico do início ao final.

Recomendado, não é uma super produção, mas é divertido e mostra o drama de duas famílias de uma cidade do interior, prende a atenção do espectador a medida que o filme melhora ao longo das cenas. Excelente.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Final Fantasy VII - Advent Children


Fui dormir na casa da minha vó, enquanto trocava de canais eu achei o filme do Final Fantasy VII. Sempre fui fã dos jogos de videogame, e o Final Fantasy VII, mesmo sendo o mais popular, era o único que eu não tinha jogado a sério até o início desse ano. A genialidade dos autores faz com que os jogadores se viciem no jogo. Não posso dizer o mesmo do filme.



- REGULAR / RUIM


Final Fantasy VII Advent Children da continuidade ao jogo para Playstation 1

História de fundo: Dois anos se passaram desde os acontecimentos do game, a cidade de Midgar ficou em ruínas e a Shinra falida. Mas todos estão tentando se reestabilizar. Com isso,para piorar a crise aparece uma doença mortal chamada Geostigma, ainda sem cura. Com essa ameaça, Cloud é forçado a largar sua solidão e ajudar sua "família" e cidade contra o terror que ha de vir.

Lendo a história de fundo, vemos que é importante ter algum conhecimento sobre o Final Fantasy VII original. Apesar de haver vários flashbacks durante o filme, que tentam contextualizar as situações, é necessário ter chegado ao fim do jogo para maior compreensão do filme.

Advent Children originalmente seria um curta de 20 minutos, foi extendido para duas horas, o que deixa-o totalmente sem "densidade". A sensação do espectador é que os membros da Square-Enix preencheram essa lacuna com um monte de cenas com lutas frenéticas, em que o espectador não entenderá o que aconteceu, e depois com momentos de câmera lenta para melhor compreensão.

Tudo no filme é feito para os fãs, a sensação é que pegaram carona no sucesso do jogo feito 10 anos antes do filme. Praticamente todas as músicas são versões atualizadas da trilha sonora do game para agradar aos fãs. Todos os personagens do game aparecem , sendo que a grande maioria não diz a que veio, simplesmente aparecem durante a batalha e começa a pancadaria.

Deram um jeito de colocar o falecido vilão do game "Sephiroth" na história, de maneira totalmente sem pé e nem cabeça, dando a impressão de que foi uma desculpa só para ter a famosa luta "Cloud Vs Sephiroth". Além disso, deram um jeito de colocar a Aerith (que morre durante o jogo) aparecendo em flashes conversando com o Cloud que também não convencem (ela conversa mais com ele do que todo mundo no filme).

O enredo do filme é decepcionante, basicamente tudo que foi inventado é um pré-texto para você assistir cenas de batalhas dos seus personagens favoritos. Com direito aos Limit Breaks (um tipo de ataque especial presente no jogo ), magias, etc. Durante as batalhas, os dialogos são clichês.

De lado positivo temos a parte gráfica, que é muito bem produzida, apesar de alguns momentos parecerem meio "robóticos", principalmente em algumas quedas. As músicas já eram ótimas no videogame, e no filme ficaram melhores ainda, combinando com o clima. As batalhas são bem feitas, apesar de exageradas.

Justamente por ser uma continuação do jogo, e ser quase obrigatório você ter chegado ao final deste, que o filme causa estranhesa. O clima dos dois é completamente diferente:

O jogo dá uma grande ênfase na história, ela é profunda, dramática, interessante. Prende o jogador a tela, apesar de contar com poucos temas clichês, mas dando uma nova perspectiva a eles. Resumindo, o jogo tem uma história densa e interessante que acaba por si só.

O filme é o inverso do jogo, não há ênfase na história. Talvez isso mostre o esgotamento do enredo do game, em que ela acaba por si só e não dá ganchos para uma continuação, por isso tudo parece forçado, e justifica as excessivas cenas de batalha.

Advent Children é totalmente PoP e literalmente feito com a única pretensão de ganhar dinheiro a custa dos fãs saudosos do jogo mais popular da série. Ele não acrescenta em nada a história do jogo, e ele por si só não tem um enredo, somente desculpas para lutas. É um filme para ser visto apenas para aqueles que gostam de cenas de batalha frenéticas.

Ele não é totalmente ruim, as músicas e os gráficos merecem elogio. Se você é saudoso, e ama o jogo, assista apenas para rever seus personagens favoritos com perfeição de detalhes. Entre o filme e o jogo, prefira o jogo, ele emociona e diverte muito mais.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Heavenly Forest / Simplesmente, Te amo


O segundo filme japonês que eu vi, o primeiro que não foi indicado por alguém. Este filme serviu para consolidar a excelente imagem de produções nipônicas deixadas pelo "Ninguém pode saber". Resolvi assistir de forma despretensiosa antes de ir pra faculdade, e fiquei pensando no filme o dia inteiro.


- IMPERDÍVEL



História de fundo: Fugindo da Cerimônia de Entrada para a faculdade, o tímido Makoto acaba conhecendo a sorridente e fã de rosquinhas Shizuru tentando atravessar a rua. Shizuru logo fica interessada no garoto e o segue na faculdade. No entanto, Makoto está gostando de sua bela colega de classe Miyuki . Embora triste, Shizuru decide apoiar os dois e passa a se interessar em aprender fotografia, que é o hobby de Makoto. Está instalado o triângulo amoroso.

O interessante do filme, é que apesar de ser uma obra de ficção e ter pequenos toques "fantasiosos", chama a atenção pela lição de vida que as personagens dão . Tudo no filme é perfeccionista: As músicas, a fotografia, a história, a edição, a atuação, o roteiro, tudo.

No início, algumas pessoas podem achar que há "monotonia", pois inicialmente o diretor e o roteirista quiseram desenvolver os sentimentos das 3 personagens nas pequenas coisas. Então você encontrará muitas cenas das personagens comendo e conversando, sorrindo por coisas bobas, indo para uma festa na praia jogando bola na água, e discutindo sem grandes motivos. Isso tudo não deixa de ser um truque para mais lá na frente o filme ficar interessante, pois mostra que a vida é boa pelas coisas simples do dia a dia.

Há várias cenas em que o diretor "engana" o espectador, fazendo-o pensar que acontecerá algo, mas não é nada daquilo, causando um sentimento rápido de decepção, mas ao mesmo tempo deixando intrigado a continuar assistindo até o final.

O final mostra o verdadeiro valor do amor. É uma cena que fará a maioria das pessoas chorarem, e deixa o questionamento "O que é amar alguém?".

Este filme é imperdível, caso tenha preconceitos contra produções Japonesas, recomendo que assistam até o final para verem o quanto uma produção Nipônica pode ser interessante em todos os quesitos.

domingo, 29 de novembro de 2009

Adventure Land (Férias frustradas de verão)

Adquiri este filme graças ao Fred, um amigo que conheci no estágio.O filme conta com a participação da Kristen Stewart ( a Bella da saga Crepúsculo ). Depois de quase uma semana sem tempo de assistir ao filme, finalmente pude vê-lo.



- MUITO BOM


História de fundo: Durante o verão de 1987, o jovem James Brennan acaba de se formar no colégio. Ele está à procura de um trabalho e acaba conseguindo emprego num parque de diversões, que descobre ser o local ideal para se preparar para o mundo. James conhece Emily no parque, e ambos vivem um relacionamento.

O filme foi baseado na história do diretor - Gregg Motolla.

O interessante é a inteligência do roteirista e do diretor. Eles pegaram um tema "clichê" e transformaram em algo interessante, até mesmo porquê o desenvolvimento do filme não é nem um pouco clichê, tanto que ele não é previsível e você cria expectativas a cada cena sobre "o que acontecerá?"

Ele é impressionante em algumas cenas, coisas que você nunca esperaria que uma personagem falaria para outra, você vê de forma seca e direta, causando espanto no espectador. Fora que você nunca sabe o que realmente as personagens estão pensando e concluindo, deixando o filme mais intrigante, e por isso mesmo surpreende algumas atitudes das personagens.

O lado obscuro dos jovens é mostrado de forma direta no filme, as vezes com bom humor, ou de forma dramática. Você verá pais que conhecem muito superficialmente os filhos, verá jovens usando drogas, etc. E todos os conflitos que infligem pessoas, tudo de forma despretensiosa.

O interessante é que o filme é denso, e conta com uma boa produção, apesar de não ser multi-milionária como grandes filmes de Hollywood.

AdventureLand é recomendado para todos que gostam de ver uma boa história, que mistura comédia e drama com maestria.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Lua Nova


Sexta passada eu fui ao cinema Roxy com todo o pessoal assistir a continuação da Saga Crepúsculo, o Lua Lova. Esperado por muitos, é um filme PoP que veio para alegrar inúmeros fãs teens e do início da vida adulta.


-Bom




História de fundo: Depois dos acontecimentos do "Crepúsculo", o Edward e a Bella se separam, ela fica deprimida e o Jacob aproveita a situação para tentar namorá-la.

Lendo a história de fundo, parece superficial, mas não é tanto. Durante as duas horas de filme eles tentam desenvolver bastante o sentimento das personagens.

Lua Nova é tudo que os fãs da série queriam ver: é bem melhor produzido que o primeiro , os atores estão mais bombados e as atrizes estão mais bem cuidadas, há várias cenas de homens sem camisa em que a menina do teu lado vai ficar gritando "Nossa!!!", etc. As cenas de batalha estão muito bem feitas e convencem.

O filme tenta misturar elementos de novelas teen que existem no mundo inteiro (Rebelde, Malhação, algumas séries americanas), em que um homem é apaixonado por uma mulher que gosta de outro cara e acaba chupando o dedo, com elementos de séries fictícias que fazem sucesso no mundo todo: Vampiros, poderes mágicos, Lobisomens, etc. A mistura de uma certa forma é genial, pois a Stephanie Meyer coloca mais ênfase no lado psicológico e sentimental das personagens, eles são mais humanos que super-poderosos.

Mas o que pode ser uma boa idéia, também é uma faca de dois gumes, pois acaba apelando pros lados clichês dessa mistura. Você passará metade do filme assistindo o Jacob sem camisa dando em cima da Bella, sem ocorrer muita ação (você estará no cinema olhando o filme e pensando: O filme se resume em ele dar em cima dela?)

Depois de um tempo o filme melhora, ganha consistentência, com o outro lado clichê misturado pela Stephanie Meyer: O de poderes mágicos e batalhas. Nada muito novo, você verá umas cenas de batalha entre vampiros se batendo em alta velocidade, com cenas em câmera lenta para dar mais emoção a cena, etc.

O real problema do filme é que não há uma "densidade" nele, a história não diz muita coisa. Você pode resumir o filme em poucos minutos para um amigo, por contar com um monte de cenas vazias.

De ponto positivo temos algumas escolhas do diretor que foram muito inteligentes, como a passagem das estações do ano com a Bella sentada na cadeira; Uma cena em que se jogam da montanha para pular na água, entre outras. A trilha sonora é boa (apesar de ser muito comercial, com músicas do gênero 'Está no filme, compre o CD', com músicas cantadas por bandas PoP/Rock ). A produção em geral como fotografia, efeitos especiais, mudanças de planos de câmera, tudo está harmonioso, dando mais vida a um filme com pouca densidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Delicatessen

Na última quinta feira eu fui a casa da Aline assistir filmes, acabou que a gente assistiu um só por eu estar morrendo de sono (e ela também!), que foi este chamado Delicatéssen. O primeiro longa de Jean-Pierre Jeunet (o mesmo de Amelie Poulin).



- MUITO BOM





História de fundo:
Trata-se de uma comédia de humor negro a qual retrata um futuro onde a comida é tão escassa que acaba sendo usada como moeda de troca. O enredo do filme concentra-se em um prédio em que o proprietário assassina seus inquilinos para que possa vender sua carne e garantir sua sobrevivência.

O filme não desenvolve uma única história , preferindo dar a cada personagem um enredo próprio que acabam se entrelaçando ao longo do filme.

Jeunet teva intenção de fazer um filme bizarro. E dentro desta bizarrice vemos a identidade do filme. Isso é evidente quando vemos uma personagem que tem vontade de se suicidar, mas que tenta fazer com que a culpa fosse de outra pessoa! O absurdo das situações faz com que o chore de rir, não por sadismo, mas por serem engraçadas na forma exagerada que se apresentam.

No fundo há também uma questão sociológica proposta pelo autores. As personagens são extremamente egoístas e só pensam em seus próprios interesses. Todos eventualmente perdem seus valores e literalmente se comem. Uma sociedade que está totalmente fadada a extinção.

A fotografia amarelada é para dar um ar de "pós apocalíptico", algo no estilo "enferrujado".

Um filme extremamente recomendável, excelente. O único fator negativo é a trilha sonora, que são muito poucas, quase inexistentes ao longo do filme. O diretor economizou nas músicas para propor maior imersão visual, mas algumas cenas que mereciam uma trilha sonora de fundo foi deixada de lado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Michael Jackson This is It

Hoje fui ao cinema do Rio Sul para ver este filme, confesso que estava um pouco ancioso para assistí-lo, afinal, Michael Jackson é um grande ídolo pra mim, daqueles que quando você tinha 15 / 16 anos só falava nele o tempo todo.



- MUITO BOM



Michael Jackson - This is it é um documentário sobre o que viria ser a série de shows planejados para Londres. Mostra o Michael cantando músicas inteiras, comentários dos dançarinos e produtores. Por ser ensaios, vemos que Michael não usa toda sua potência de voz e nem todo o seu esforço para dança que ele faria se estivesse em um show de verdade, era realmente um treinamento.

O filme, obviamente, tem um cunho totalmente comercial, se aproveitando de pessoas que passaram a ter uma outra visão do astro após sua morte, e também para agradar aos fãs de longa data.

Quem é fã sabe que o show era uma versão atualizada com toques de inovações dos shows das turnês anteriores.

Não há muito o que dizer! É apenas o retrato do que poderia ser um excelente show, muito bem produzido, feito por um dos maiores artistas que o Planeta Terra conheceu. Muitos fãs não conseguirão segurar as lágrimas durante o documentário, assim como há uma certa melancolia rodeando todo o filme.

sábado, 14 de novembro de 2009

Do começo ao fim


Hoje fui ao cinema do Shopping da Gávea com o Vitor Lopes assistir a esta produção nacional que aborda um tema bem polêmico, estava já com saudades de ir ao cinema, e sempre quis quebrar o meu preconceito contra produções brasileiras!



- BOM



DO COMEÇO AO FIM : um filme que me deixou intrigado na hora da escolha do bonequinho, não sabia se colocava dormindo ou assistindo ao filme, mas pelo bom argumento e esforço da produção, é um bom filme.

A história de fundo é interessante e corajosa: Dois meio irmãos se apaixonam desde pequenos e ao longo dos anos vão vivendo um romance puro e verdadeiro.

O início é forçado, mostrando excesso de beijos no rosto entre os dois pequenos, preenchendo lacunas do roteiro que não convence o espectador de que a história poderia ser verdadeira, dando ares artificiais.

Depois que os protagonistas crescem, o amor se desenvolve de maneira excessivamente erótica (não pornográfica). A cena em que tiram as roupas e o plano geral pega os dois com pênis a mostra, e depois se aproximam suavemente com troca de olhares, é uma tentativa de mostrar o amor dos dois de maneira "pura" e não tão "sexual", ou seja, mesmo eles nus, eles se amam independente do sexo, mas não convence.

Ao invés de desenvolver o amor dos dois com as falas, com as atitudes de cada um, com um personagem tendo admiração pelo outro por vários motivos, etc, passa simplesmente um amor utópico com muitos beijos e várias cenas na cama.

Apesar disso, o amor dos dois é tudo que homens homossexuais desejariam em uma relação: Dois homens bonitos, belos corpos, se amando de verdade independentemente da relação sexual (apesar das excessivas cenas de sexo), um amor bonito, sem ter vergonha de andar nas ruas de mãos dadas ou um olhando para o outro dando sorrisos, etc.

A fotografia, atuação, a trilha sonora, os planos da câmera são bons. O que realmente peca é o roteiro e cenas desnecessárias. Acredito que o filme de 1 hora e meia fosse um curta de 30 minutos, poderia ser muito mais prazeroso e interessante, ele é cheio de cenas inúteis.

O tema é interessante, mas o desenvolvimento foi falho.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Butterfly Lovers

Revirando a mochila, encontrei este DVD de um filme vindo da China, e depois do trabalho, o Fred e eu fomos vê-lo na ilha de edição.



BOM


Butterfly Lovers é uma história que possui similaridades com o romance de Shakespeare: Romeu e Julieta. Apesar de parecer uma re-edição chinesa da obra, a história pertence ao folclore chinês. O registro mais antigo encontrado é de 880 D.C. Shakespeare nasceu em 1564.

História de fundo: Um casal se apaixonou no céu e foram punidos a viver 10 encarnações na Terra. A história começa na décima encarnação. A menina entra no clube de espadachins rival ao de sua família, e lá conhece o mestre, os dois se apaixonam.

Há um grande esforço dos produtores em fazer boa fotografia, boa trilha sonora, além de efeitos bem feitos e batalhas convincentes. Mas peca no roteiro, deixando algumas cenas monótonas e que facilmente tiram a atenção do espectador. Talvez pelo roteirista se prender demais a história folclórica, o filme tem partes que simplesmente poderiam ser cortadas ou diminuídas.

As cenas de batalha são divertidas, com tudo que você já está acostumado no estilo clichê oriental: Pulos enormes, um homem matando vários, barulhos de espadas, etc. Algumas cenas do início são cômicas, e ao longo do tempo vai se tornando cada vez mais dramático, chegando ao climáx na última cena.

Um fator negativo é o excesso de clichês, apesar de bem feito, o filme é o típico estereótipo de "filme oriental", não que seja necessariamente ruim, mas o mercado Asiático está cada vez mais apostando em filmes com temas variados, sempre querendo trazer inovações.

Em resumo: Ele é bom apenas para ser visto uma vez, por ser um grande estereótipo de filme oriental muito bem produzido.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ninguém pode Saber



Começo este Blog com um filme indicado pela Aline. Graças a ela, comecei a adorar o cinema e as séries Asiáticas, que antes eu não dava tantar importância.


- IMPERDÍVEL



Ninguém pode Saber
é um filme que marca pela sua experiência visual, aqui você não encontrará uma grande trilha sonora, nem uma fotografia linda, nem uma grande variedade de cenários. Este filme te prende justamente pela simplicidade, o diretor não quis colocar "cenas chocantes", ele faz o espectador concluir o que aconteceu através das falas e dos atos das personagens, ou seja, você VÊ as cenas, e tem que concluir o que ela quis dizer.

Baseado em uma história real, o filme é todo triste, desde os seus primeiros 10 minutos, chegando no climax no final, geralmente onde as pessoas choram mais. A premissa é muito simples: Uma mãe com quatro filhos de pais diferentes se muda para um apartamento, onde apenas o filho mais velho é apresentado para o sindico, já que este não permite crianças no prédio. Então a mãe leva escondido as outras 3 crianças, e depois de alguns dias ela desaparece, deixando as quatro crianças abandonadas no apartamento.

O filme tem o título "NINGUÉM PODE SABER", mas com certeza deveria ser "Ninguém QUER saber", já que todas as pessoas que estão próximas sabem de tudo que acontece naquela casa, sabem de todas as dificuldades que as crianças estão enfrentando, mas preferem fingir que não sabem. "Eu não tenho nada com isso", é a filosofia de todos que estão perto.

É um filme muito bem dirigido, Kore-eda fez um trabalho genial, além de ter sido ele o autor e o roteirista do filme. Ele foi muito inteligente em suas escolhas, e soube transmitir com perfeição todo o drama, sem apelas pra músicas ou cenas fortes.

Enfim, um filme maravilhoso.