quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eye in the Sky

O Fred me recomendou este filme há muito tempo, finalmente tive tempo de assistir a esta obra Chinesa.



-BOM




SINOPSE:
Eye in the Sky mostra o lado obscuro de Hong Kong. Mostra a perseguição da elitista polícia Chinesa contra ladrões. O pontapé inicial é o roubo numa joalheria.

SOBRE O FILME: Ele é interessante pelo seu ritmo frenético. Todas as cenas possuem músicas que combinam com a câmera "balançando" (que faz parte do ritmo frenético e rápido do filme), e você se deparará com muitas cenas sem fala, para você ficar observando, assim como é o trabalho da personagem principal (OBSERVAR).

Ele é divertido também por mostrar o lado obscuro e realista de Hong Kong, a imagem dele é meio "suja", com as ruas super populosas e imundas, fazendo parte do clima mais "Dark" do filme. A edição também é muito boa, com cortes precisos e uma sincronia de música e cena perfeita.

A atriz principal atua muito bem, além de ser muito bonita, e o elenco foi muito bem escalado.

Mas ele peca num ponto CHAVE de um filme, a história. Ele consegue fazer com que o enredo não pareça artificial, dando ares de que aquele filme realmente pode acontecer na vida real, mas retrata de maneira superficial o sentimento das personagens, fazendo com que basicamente as personagens sejam apenas "a sua função" no trabalho deles, assim como os bandidos.

A história não é original, e não "dribla" os clichês de forma criativa, por isso mesmo ele acaba sendo bastante previsível, o que pode decepcionar alguns.

Eye in the Sky não é ruim, longe disso! Ele é divertido, é bem atuado, tem boa fotografia, é bem dirigido também (com poucas falhas), mas peca na história não original e cheia de clichês, que deixa o filme bastante previsível.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Como treinar o seu dragão

No Rio Sul, fui com a pretensão de assistir o filme da Sandra Bullock, mas como a sala estava sem ar condicionado, resolvi pegar o Como Treinar o seu dragão. Este é mais um bom filme de animação.








- MUITO BOM

SINOPSE: O filme se passa em um mundo cheio de Vikings musculosos e dragões selvagens. Um adolescente esquelético e desajeitado, filho de Viking, decide matar um dragão para se tornar um herói, provando seu valor à tribo e ao pai. Mas quando ele se torna amigo do dragão, seu mundo vira de cabeça para baixo.

SOBRE O FILME: Praticamente todo filme de animação 3D utiliza a mesma fórmula para agradar as crianças e os adultos. Uma fórmula utilizada há muitos anos e que agrada a muitos: Coloca bastante comédia, um personagem bobão, bastante cenas absurdas que só é possível fazer em animação, bastante caras e bocas, a parte final com lutas épicas (em que basicamente todo o elenco se junta) contra o vilão, e terminando feliz.

Este é mais um filme que utiliza essa fórmula repetitiva, mas de uma forma muito agradável e interessante. A originalidade fica mais por conta da parte gráfica, as personagens são bastante estilizadas em tom infantil. O que chama mais atenção na parte gráfica são os belíssimos cenários. Algumas cenas impressionam com os cenários tão bonitos, praticamente uma obra de arte. Os dragões são feitos para parecerem um animal de estimação, daqueles que você dirá "que fofinho".

A história não tem muito o que dizer, ela é bastante divertida mas é totalmente previsível (mesmo surpreendendo em algumas cenas). Tem muitas cenas engraçadas, com piadas típicas de animação em 3D (algumas bem manjadas, mas que farão você dar algumas gargalhadas mesmo assim).

Caso queiram assistir a um filme bem leve e divertido, está bem recomendado. É um filme muito bom e você sairá do cinema satisfeito. O único detalhe é realmente ter uma história que segue uma fórmula que está começando a ficar desgastada, mas do resto, é mais um excelente filme de animação.










Ilha do Medo


Fazendo uma visita ao Barra Shopping e destruindo o último dinheiro que tinha no meu cartão de crédito (rsrsrsrs), resolvi assistir a este filme do conceituadíssimo Martin Scorsesse. Por mais que um cinéfilo vá ao cinema tentando não ter expectativas, não há como você não esperar por alguma coisa. Este filme é daqueles "ame ou odeie", dependendo de quanto tempo você leva para matar a charada.




- Razoável / Ruim




SINOPSE: No ano de 1954, os agentes federais Teddy Daniels e Chuck Aule investigam o desaparecimento de uma interna do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe. Ao viajarem para a ilha de Shutter - localizada em Massachusetts - para cuidar do caso, eles encontram uma rebelião de presos, devido a um furacão que se aproxima da ilha, e ficam impossibilitados de sair da ilha.



SOBRE O FILME: Este filme é um dos mais difíceis que tive para analisar, pois como disse anteriormente, ele pode ser um filme maravilhoso para uns, e um filme terrível para outros, dependendo do que você busca ao assistir este filme.

O problema é que há uma charada "a lá" histórias de Agatha Christie e Sherlock Holmes que você percebe logo no início do filme. O problema é que se o espectador desconfiar a solução certa logo no início do filme, todo o resto é comprometido e extremamente previsível, e o final fica totalmente sem sentido.

Para quem não matar a charada e acompanhar de perto a investigação de Teddy Daniels, pode se impressionar com o filme e seu final revelador. Tudo é uma questão de perspectiva.

Em relação a parte técnica tudo é bem feito: atuação, trilha sonora, ângulos da câmera, etc. A direção é razoável, Martin Scorsesse não fez necessáriamente um trabalho ruim, mas pecou por deixar "pistas demais", que para os amantes de um bom suspense de romances policiais, saberão de todo o desmembramento do filme.

Caso queira se aventurar em um suspense "mais simples", assistam.
Mas prepare-se para se frustrar bastante, ou para adorar o filme. Não há um meio termo.

Educação (An Education)

Aproveitando a chuva aqui do RJ que me impede de sair de casa, estou atualizando-o com um filme que eu vi com as mulheres do CTAV: Mariri, Ana Luísa e Débora Produtora. Educação é mais um filme com uma história bem tradicional, mas que agrada por ser muito bem feito.




- MUITO BOM




SINOPSE: No período após a Segunda Guerra Mundial, nos subúrbios londrinos da era anterior aos Beatles, uma jovem brilhante está dividida entre se preparar para estudar em Oxford e a opção mais empolgante oferecida por um carismático homem mais velho.


SOBRE O FILME: Ele nos conta uma história tradicional, diversos filmes já abordaram ou tangeciaram este mesmo assunto, mas poucos devem ter explorado-o de maneira tão profunda. O filme nem precisava ser "de época", pois a história dela é referência para as mulheres de todas as épocas que quando se apaixonam, acabam anulando a própria personalidade.

O filme capta bem o espírito de uma paixão não dominada, que leva as pessoas a tomarem decisões erradas através do poder da sedução. O foco principal é a conduta da Jenny em relação a própria vida, e em até que ponto os pais podem influenciar certos comportamentos de uma pessoa.

Um ponto brilhante é a forma doce e suave que Jack conduz seu relacionamento com Jenny, sendo que o espectador nota nas primeiras cenas que há "algo errado" com ele, mas que não deixa de ser um personagem carismático por causa disso.

A iluminação, atuação, os cortes, a música, tudo é muito preciso e bem feito. O filme tem um ritmo muito bom, que acaba por valorizar ainda mais esta obra.

Educação não é um filme "espetacular" e "inesquecível", mas sem dúvida é um típico filme bom, que traz alguma mensagem para o espectador e o faz de forma extremamente agradável. É daqueles filmes que você sai do cinema questionando certos valores.

Vale a pena assistir!

domingo, 14 de março de 2010

P.S Eu te amo

Durante tempos a Aline me pediu para assistir a este filme, sempre dizendo "aposto que você irá gostar!". Meses depois, no estágio, minha amiga "Mariri" resolveu me dar uma cópia do filme dizendo que ele possuía semelhanças com o clássico Japonês "Simplesmente, te amo" *Já resenhado neste blog*. É mais um ótimo filme.



- MUITO BOM




Sinopse: Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma jovem bonita, feliz e realizada. Casou-se com o homem de sua vida, o divertido e apaixonado Gerry (Gerard Butler). Mas ele fica doente e morre, deixando Holly em estado de choque. Antes de falecer, Gerry deixa para a esposa uma série de cartas. Mensagens que surgem de forma surpreendente, sempre assinadas da mesma forma: P.S. I Love You .

Sobre o filme: É uma adaptação do romance com o mesmo nome, escrito em 2004. O filme é bastante sensível e apesar do tema ser meio "pesado" as cenas são leves e descontraídas, muitas vezes sendo cômicas.Ele é perfeito para as pessoas que gostam de filmes românticos, daqueles que as mulheres vão dizer :"Ahhhh, que marido perfeito é esse! Eu quero um homem desses para mim".

A trilha sonora é ótima, a atuação também, os atores foram muito bem selecionados, e a fotografia vai melhorando ao longo do filme. As cenas também são muito bem dirigidas, e o diretor pegou um lado bem "humano" das personagens, daqueles que você se lembrará de alguém que faz parte da sua vida.

A personagem principal possui uma grande dependência emocional do marido, e as cartas servem para ao longo do tempo ela conseguir viver a vida sozinha, superando a morte do amado. Uma história bastante imaginativa, original e interessante.

O defeito que não o faz ganhar a nota "imperdível" é por ser um filme tradicional Hollywoodiano. Ele tem uma direção excelente e é muito divertido, mas as cenas e o roteiro são escritos com uma técnica muito utilizada para agradar os espectadores. Isso não é ruim, mas de certa forma deixa o filme um pouco previsível. Nada que manche a excelente imagem da produção, mas que acaba afetando na nota final.

PS Eu te amo é um filme excelente, conta com um tema inovador e é interessante. Além da excelente direção e a seleção dos atores. Só tem o único pecado de ser um pouco "tradicional", mas que não chega a ser algo ruim. Assistam! Este filme vale seus 120 minutos de duração .

sábado, 13 de março de 2010

Em algum lugar do passado


Descobri este filme da maneira mais estranha possível. Assistindo ao programa da "Márcia", estava passando uma sessão chamada "Desabafo", com uma linda música ao fundo, quando meu tio diz "Essa música é do filme 'Em algum lugar do passado', aquele filme é maravilhoso, fala sobre um amor utópico, assisti quando eu estava nos Estados Unidos' ", fiquei interessado, afinal eu sempre amei aquela música. Ele é impressionante.




- IMPERDÍVEL





Sinopse:
Em maio de 1972, na noite de estréia de sua peça, o jovem escritor Richard Collier (Reeve) se depara com uma senhora que misteriosamente pede para ele voltar para ela. Intrigado ele começa a investigá-la e descobre que ela foi uma conceituada atriz de teatro, no início do século, chamada Elise McKenna (Jane Seymour, de A Família Robinson). Obcecado, ele tenta achar meios de viajar no tempo para re encontrá-la.

Sobre o filme: Este poderia ser "mais um filme romântico", mas vai além disso. Ele já começa bem pelo tema inovador: Romance com viagens no tempo, o que para muitos poderia ser infantil, mas acaba por ser uma obra bastante madura e questiona sobre as "fronteiras do amor".

Ele não chega a ser aquele "amor meloso" em que duas pessoas vão passar por adversidades enormes, etc , mas mostra a tentativa de um homem em conquistar uma mulher de maneira romântica e inteligente.

O filme conta com diversas cenas que marcam...

SPOILER!!! NÃO LEIA SE NÃO QUISER SABER

Depois que Richard consegue voltar ao passado, ele fica treinando no espelho de como deve se aproximar da Elise, ele fica uma boa parte do tempo falando com o espelho "Senhorita Elise... eu gostaria... melhor não falar isso... Senhora Elise, eu precisaria...". Depois de se decidir o que vai falar, ele resolve encontrá-la. Ela está no Jardim de um hotel, quando ele se aproxima dele, ela é a primeira a falar "É você?", ele se impressiona e diz "Sim...sou eu!".

Esta cena é genial, o diretor quis passar aquela famosa frase "Nada do que planejamos realmente acontecerá". E de alguma forma eles foram feitos "Um para o outro".

FIM DOS SPOILERS

O filme tem uma fotografia excepcional, atuações ótimas (é o filme mais famoso do Cristopher Reeve, depois do Super-Man), músicas que combinam com cada cena, além da música tema ser inesquecível .

O interessante é que os dois personagens principais possuem o que chamam de "Química", além de serem muito bonitos. A atriz Jane Seymour estava no auge de sua beleza neste filme, ainda mais com a elegância das mulheres da década de 1920. Dificilmente você não se envolverá na história desta obra.

É uma pena que ele não foi muito divulgado, mas se tornou um desses "filmes cults".

Em algum lugar do passado é um filme para todos aqueles que gostam de um excelente filme, sendo romântico ou não, ele merece ser assistido.




Requiem para um sonho

Depois de ouvir falar muito bem desse filme, resolví assistí-lo com um certo "pé atrás" (geralmente quando falam muito bem de um filme eu acho que não vou gostar). Este realmente merece a fama que tem.




- IMPERDÍVEL





Sinopse: Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.

Sobre o filme: Esta produção aposta na inovação, logo não utiliza uma linguagem tradicional de filmes, o que causa estranhamento inicial e parece um "Filme maluco", mas tudo é feito para mostrar o vício e a dependência dos usuários de drogas.

Requiem para um sonho abusa de todos os métodos para mostrar a vida de pessoas viciadas: As músicas parecem de filme de terror, a edição abusa dos cortes *são mais de 2.000 ao longo do filme, um filme comum tem média de 700 cortes*, os efeitos especiais também(como agilizar as imagens, ou colocar em modo câmera lenta, além de outros), além de tentar ao máximo em seu roteiro mostrar a visão distorcida de uma pessoa que usa drogas.

O interessante é a linguagem que o diretor propôs para este filme, não é algo que você tenha visto antes, por isso chegou ao título de "filme cult" (por ser diferente dos tradicionais). Ao longo do filme vamos vendo as vantagens e desvantagens dos usuários de drogas, e como as pessoas podem ficar obcessivas em conseguir o prazer imediato, ou simplesmente um "atalho" para chegar ao peso ideal.

O título do filme também revela muito da proposta: "Requiem" tem sempre a ver com morte ( A palavra vem do Latim e significa Repouso), e "para um sonho" porquê as personagens possuem ideais a conquistar, mas graças ao uso excessivo das drogas eles acabam destruindo suas próprias vidas.

A atuação é ótima, as músicas são ótimas, o enredo é maravilhoso e a direção é espetacular! Este filme é imperdível, e só quem assiste sabe o quanto este filme pode ser bom. Você nem sentirá os 102 minutos de filme passarem.

Requiem para um sonho retrata a vida dos viciados em drogas, abusando de todos os métodos possíveis para fazer isso. Por usar uma linguagem diferente, ele pode causar estranhesa inicial, mas que pode fazer os espectadores se viciarem nesta película tanto quanto os personagens são viciados em drogas.