domingo, 14 de março de 2010

P.S Eu te amo

Durante tempos a Aline me pediu para assistir a este filme, sempre dizendo "aposto que você irá gostar!". Meses depois, no estágio, minha amiga "Mariri" resolveu me dar uma cópia do filme dizendo que ele possuía semelhanças com o clássico Japonês "Simplesmente, te amo" *Já resenhado neste blog*. É mais um ótimo filme.



- MUITO BOM




Sinopse: Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma jovem bonita, feliz e realizada. Casou-se com o homem de sua vida, o divertido e apaixonado Gerry (Gerard Butler). Mas ele fica doente e morre, deixando Holly em estado de choque. Antes de falecer, Gerry deixa para a esposa uma série de cartas. Mensagens que surgem de forma surpreendente, sempre assinadas da mesma forma: P.S. I Love You .

Sobre o filme: É uma adaptação do romance com o mesmo nome, escrito em 2004. O filme é bastante sensível e apesar do tema ser meio "pesado" as cenas são leves e descontraídas, muitas vezes sendo cômicas.Ele é perfeito para as pessoas que gostam de filmes românticos, daqueles que as mulheres vão dizer :"Ahhhh, que marido perfeito é esse! Eu quero um homem desses para mim".

A trilha sonora é ótima, a atuação também, os atores foram muito bem selecionados, e a fotografia vai melhorando ao longo do filme. As cenas também são muito bem dirigidas, e o diretor pegou um lado bem "humano" das personagens, daqueles que você se lembrará de alguém que faz parte da sua vida.

A personagem principal possui uma grande dependência emocional do marido, e as cartas servem para ao longo do tempo ela conseguir viver a vida sozinha, superando a morte do amado. Uma história bastante imaginativa, original e interessante.

O defeito que não o faz ganhar a nota "imperdível" é por ser um filme tradicional Hollywoodiano. Ele tem uma direção excelente e é muito divertido, mas as cenas e o roteiro são escritos com uma técnica muito utilizada para agradar os espectadores. Isso não é ruim, mas de certa forma deixa o filme um pouco previsível. Nada que manche a excelente imagem da produção, mas que acaba afetando na nota final.

PS Eu te amo é um filme excelente, conta com um tema inovador e é interessante. Além da excelente direção e a seleção dos atores. Só tem o único pecado de ser um pouco "tradicional", mas que não chega a ser algo ruim. Assistam! Este filme vale seus 120 minutos de duração .

sábado, 13 de março de 2010

Em algum lugar do passado


Descobri este filme da maneira mais estranha possível. Assistindo ao programa da "Márcia", estava passando uma sessão chamada "Desabafo", com uma linda música ao fundo, quando meu tio diz "Essa música é do filme 'Em algum lugar do passado', aquele filme é maravilhoso, fala sobre um amor utópico, assisti quando eu estava nos Estados Unidos' ", fiquei interessado, afinal eu sempre amei aquela música. Ele é impressionante.




- IMPERDÍVEL





Sinopse:
Em maio de 1972, na noite de estréia de sua peça, o jovem escritor Richard Collier (Reeve) se depara com uma senhora que misteriosamente pede para ele voltar para ela. Intrigado ele começa a investigá-la e descobre que ela foi uma conceituada atriz de teatro, no início do século, chamada Elise McKenna (Jane Seymour, de A Família Robinson). Obcecado, ele tenta achar meios de viajar no tempo para re encontrá-la.

Sobre o filme: Este poderia ser "mais um filme romântico", mas vai além disso. Ele já começa bem pelo tema inovador: Romance com viagens no tempo, o que para muitos poderia ser infantil, mas acaba por ser uma obra bastante madura e questiona sobre as "fronteiras do amor".

Ele não chega a ser aquele "amor meloso" em que duas pessoas vão passar por adversidades enormes, etc , mas mostra a tentativa de um homem em conquistar uma mulher de maneira romântica e inteligente.

O filme conta com diversas cenas que marcam...

SPOILER!!! NÃO LEIA SE NÃO QUISER SABER

Depois que Richard consegue voltar ao passado, ele fica treinando no espelho de como deve se aproximar da Elise, ele fica uma boa parte do tempo falando com o espelho "Senhorita Elise... eu gostaria... melhor não falar isso... Senhora Elise, eu precisaria...". Depois de se decidir o que vai falar, ele resolve encontrá-la. Ela está no Jardim de um hotel, quando ele se aproxima dele, ela é a primeira a falar "É você?", ele se impressiona e diz "Sim...sou eu!".

Esta cena é genial, o diretor quis passar aquela famosa frase "Nada do que planejamos realmente acontecerá". E de alguma forma eles foram feitos "Um para o outro".

FIM DOS SPOILERS

O filme tem uma fotografia excepcional, atuações ótimas (é o filme mais famoso do Cristopher Reeve, depois do Super-Man), músicas que combinam com cada cena, além da música tema ser inesquecível .

O interessante é que os dois personagens principais possuem o que chamam de "Química", além de serem muito bonitos. A atriz Jane Seymour estava no auge de sua beleza neste filme, ainda mais com a elegância das mulheres da década de 1920. Dificilmente você não se envolverá na história desta obra.

É uma pena que ele não foi muito divulgado, mas se tornou um desses "filmes cults".

Em algum lugar do passado é um filme para todos aqueles que gostam de um excelente filme, sendo romântico ou não, ele merece ser assistido.




Requiem para um sonho

Depois de ouvir falar muito bem desse filme, resolví assistí-lo com um certo "pé atrás" (geralmente quando falam muito bem de um filme eu acho que não vou gostar). Este realmente merece a fama que tem.




- IMPERDÍVEL





Sinopse: Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.

Sobre o filme: Esta produção aposta na inovação, logo não utiliza uma linguagem tradicional de filmes, o que causa estranhamento inicial e parece um "Filme maluco", mas tudo é feito para mostrar o vício e a dependência dos usuários de drogas.

Requiem para um sonho abusa de todos os métodos para mostrar a vida de pessoas viciadas: As músicas parecem de filme de terror, a edição abusa dos cortes *são mais de 2.000 ao longo do filme, um filme comum tem média de 700 cortes*, os efeitos especiais também(como agilizar as imagens, ou colocar em modo câmera lenta, além de outros), além de tentar ao máximo em seu roteiro mostrar a visão distorcida de uma pessoa que usa drogas.

O interessante é a linguagem que o diretor propôs para este filme, não é algo que você tenha visto antes, por isso chegou ao título de "filme cult" (por ser diferente dos tradicionais). Ao longo do filme vamos vendo as vantagens e desvantagens dos usuários de drogas, e como as pessoas podem ficar obcessivas em conseguir o prazer imediato, ou simplesmente um "atalho" para chegar ao peso ideal.

O título do filme também revela muito da proposta: "Requiem" tem sempre a ver com morte ( A palavra vem do Latim e significa Repouso), e "para um sonho" porquê as personagens possuem ideais a conquistar, mas graças ao uso excessivo das drogas eles acabam destruindo suas próprias vidas.

A atuação é ótima, as músicas são ótimas, o enredo é maravilhoso e a direção é espetacular! Este filme é imperdível, e só quem assiste sabe o quanto este filme pode ser bom. Você nem sentirá os 102 minutos de filme passarem.

Requiem para um sonho retrata a vida dos viciados em drogas, abusando de todos os métodos possíveis para fazer isso. Por usar uma linguagem diferente, ele pode causar estranhesa inicial, mas que pode fazer os espectadores se viciarem nesta película tanto quanto os personagens são viciados em drogas.






terça-feira, 2 de março de 2010

More than Blue

Quem me conhece sabe que sou um grande fã de produções Japonesas. Mas na tentativa de diversificar um pouco, resolvi pegar alguns filmes de outras nações Asiáticas para saber como eles trabalham. Muitas vezes eu tive decepções, mas dessa vez, este filme que veio diretamente da Coréia do Sul agradou. Apesar de um pouco enfadonho no início (que me fazia pensar: Vou colocar o filme como "BOM" apenas), ele ganha um ritmo que o faz ter uma nota boa.


-MUITO BOM!





Sinopse: Kay e Cream possuem uma história de vida muito parecida, e daí nasce uma grande afinidade entre os dois. Sabendo que o maior medo de Cream é viver sozinha, Kay esconde uma doença que carrega dentro de seu corpo, e os dois acabam morando juntos.

Sobre o filme: O título original do filme *More than Blue é o nome americano* pode ser traduzido como "Uma história mais triste que a tristeza", e nesse ponto sou obrigado a discordar. Apesar de bastante dramático, a extração do tema poderia ter sido ainda melhor explorado, fazendo as pessoas chorarem ainda mais ao longo do filme.

O início é um pouco enfadonho, mas eventualmente ele começa a ganhar um certo ritmo, e chega ao seu climax na parte final. De qualquer modo, vemos que houve um grande esforço da produção em fazer algo grandioso, de maneira perfeccionista, com um roteiro bastante inteligente.

Um ponto que me chamou a atenção muito positivamente é o foco do personagem principal. Ao longo do filme você fica se perguntando "quem é o personagem principal?", pois uma hora o filme gira totalmente em torno do "Kay", e gradativamente tudo começa a girar em torno da "Cream", algo de certa forma incomum e bastante interessante.

Algo que reclamei na resenha anterior (Tokyo Boy) em que as cenas eram repetidas exatamente iguais, acontece de maneira positiva aqui. Eventualmente o filme fará você rever algumas cenas anteriores com novos ângulos, com novas falas, que se passou um pouco antes, ou depois da cena. Tudo de um jeito bem executado, pois garante você conhecer um novo lado da personalidade do personagem presente.

Apesar da história um pouco clichê e tradicional, o filme surpreende ao longo com a ação das personagens, e conta com um final com partes esperadas e inesperadas.

De negativo temos a trilha sonora (conhecido como Background Music ou BGM). Um filme como esse merecia músicas mais presentes. Ela está em pouquíssimas cenas, e praticamente não fazem diferença ao longo do filme. Em compensação, a música tema do filme é muito boa, e fará você não querer desgrudar dos créditos até o último segundo da faixa.

A atuação é boa e convence, mas não chega a impressionar. A direção é muito boa, mas podia ter sido ainda melhor.

More than Blue mostra que a Coréia do Sul sabe fazer bons filmes. O tema é muito interessante e as cenas são muito bem dirigidas. O único detalhe é que a história poderia ser ainda melhor explorada (apostar mais nas sutilezas, troca de olhares, etc) e as músicas poderiam ser mais presentes também. O início enfadonho vai cedendo gradativamente a um filme que se mostra cada vez mais interessante, com um final espetacular, e com uma música tema muito bem composta.