sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tokyo Shonen (Garoto de Tóquio)

Mais uma vez na casa do Filipe, insônia da madrugada, assisti a este filme Japonês adquirido há milênios. Só a tela da TV iluminando o ambiente, e comendo um sanduíche, não há nada melhor. Infelizmente esta obra não é boa quanto as outras produções Nipônicas que eu assisti.



- Razoável / Ruim



Sinopse: Minato é uma menina aparentemente normal que se apaixona, porém ela tem alguma doença que nem ela mesmo sabe o que é. Quando era pequena, ela perdeu os pais e desde então se corresponde por cartas com uma pessoa misteriosa chamada "Night", os dois nunca se encontraram.

Sobre o filme: O filme apesar de parecer interessante, cai num marasmo enorme ao longo dos 90 minutos. O problema é repetir as mesmas cenas com outros ângulos, muitas vezes para mostrar um detalhe a mais, algo que o espectador não tinha visto. A idéia é interessante, mas ela não é bem executada. É irritante assistir a 20 minutos do filme, e depois re-assistir mais 20 minutos as mesmas cenas, com míseros detalhes a mais que não compensam assistir tudo.

As músicas são razoáveis, há poucas faixas, e lembram músicas de Chopin. São calmas e tranquilas, deixando o clima do filme ainda mais "arrastado", mas cumprem o seu papel.

Os planos de cena são longos e com poucos cortes, o que é praticamente uma marca do cinema Japonês. Mas como o assunto da doença da menina não foi bem explorado, estas cenas são aquelas que farão você bocejar e ficar mole em sua cadeira, tirando um cochilo durante o filme. Os atores são bons.

Há poucos momentos de brilho graças ao tema. O espectador fica preso a assistí-lo até o final, pois não sabe o que acontecerá, e quer saber como terminará a doença da Minato, qual o destino do casal principal do filme, etc. Este mérito o filme tem. Algumas cenas como a Minato olhando para o espelho, as personagens descobrindo qual é a doença, etc, deixam o filme com momentos interessantes. Isso faz o filme "respirar" um pouco, dando vontade de assistí-lo.

O principal problema do filme é a "alma", a direção. A fotografia é boa, as músicas cumprem seu papel, a atuação é normal. Mas o diretor não soube extrair ao máximo o tema que podia ser interessante. A idéia é inovadora, mas foi péssimamente executada.






quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

GHOST


Mais um filme que tinha na minha coleção e que ainda não tinha assistido. De madrugada sem sono, resolvi assistir a este filme com as luzes apagadas e apenas com a luz da Televisão iluminando o ambiente com um sanduíche nas mãos. Não há nada melhor.


- MUITO BOM



Sinopse: Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore) formam um casal muito apaixonado que tem suas vidas destruídas, pois ao voltarem de uma apresentação de "Hamlet" são atacados e Sam é morto. No entanto, seu espírito não vai para o outro plano e decide ajudar Molly, pois ela corre o risco de ser morta e quem comanda a trama, e o mesmo que tirou sua vida, é quem Sam considerava seu melhor amigo. Determinado a se vingar, proteger sua garota e fazer as declarações de amor que nunca fez, Sam procura a ajuda da vidente Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), uma divertida trambiqueira que não vai se livrar desse fantasma tão fácil.

Sobre o filme: Mais um clássico do cinema, e o filme de maior bilheteria de 1990. Interessante ressaltar que a história do filme é corajosa, pois pela primeira vez fizeram um Drama /Romance com o tema de "vida após a morte" de um jeito sério. Este filme é o típico "bom filme", daqueles que você pega andando no TeleCine e fala para seu amigo "Eu vi um filme muito bom outro dia".

A história é bem densa e desenvolvida, apesar de ser ficção e em alguns momentos passar tons de artificialidade. A atuação é boa, com grande destaque para Whoopi Goldberg ( ganhou o Oscar por este filme) que é excelente e marcante. As músicas também são boas, e graças ao filme a música "Unchained Melody" ganhou fama mundial (a música original é de 1955, e Elvis Presley também cantava no final da carreira - http://www.youtube.com/watch?v=66mLdqGl_uw ).

O filme mistura drama e comédia de maneira leve e divertida, não fará você "chorar" de rir, e nem "chorar horrores" nas cenas dramáticas (excetuando o final), tudo é feito moderadamente para agradar os espectadores. Raras são as pessoas que assistirão este filme e dirão que não gostam. Os efeitos especiais também merecem lembrança, são muito convincentes.

A Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg) é hilária. Ela é uma vidente charlatã que acaba virando vidente de fato, ela é muito engraçada e garantirá boas risadas ao longo do filme.

Um filme que marcou época e que merece ser assistido por todos aqueles que amam um bom roteiro. Ele só não recebeu o status de "Imperdível" no blog por algumas cenas que parecem artificiais (Espíritos quebrando janelas / Whoopi Goldberg gritando com o espírito no meio da rua e ninguém olhando para ela, etc) que não deveriam passar despercebidas pela produção, além de que em alguns momentos mais dramáticos as cenas poderiam ser um pouco mais "impactantes". São apenas detalhes, mas que fazem alguma diferença na nota final.

Assistam, vocês irão adorar!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amadeus

Vem aí: PROJETOR ONLINE! (Mesmo BLOG, novo nome). Em breve...

Depois de adorar algumas músicas desse compositor clássico e marcante, resolvi comprar o filme sobre sua vida. Minha mãe sempre me dizia "Veja Amadeus, é um filme maravilhoso! Tenho certeza absoluta que você gostará!". Depois de comprar, fiquei um longo hiatus sem assistí-lo, simplesmente por fazer outras coisas. Hoje a tarde, resolvi colocá-lo, e fiquei chocado com a qualidade do filme. Sem dúvida uma obra de arte e merecedor de todos os prêmios que recebeu.


IMPERDÍVEL




Sinopse: Na Viena de 1871 vive o jovem músico e compositor Wolfgang Amadeus Mozart. Rebelde, virtuose, simplório e abençoado por Deus com talento incomparável, ele alvo de inveja e cobiça de Antonio Salieri o músico oficial da corte austríaca insatisfeito com suas composições de elegia ao rei e seus talentos para executá-las.Mesmo idolatrando, o compositor despreza o modo de vida do gênio, sua vida desregrada e nada convencional. Mozart alterna momentos de extrema pureza, e outros de extrema grosseria. E Salieri não se conforma. Transforma a ambos em rivais de morte. Humilhado com o que não pode vencer, o talento insuperável de Mozart, ele trama a humilhação do seu opositor na vida, com o fracasso e a miséria.

Sobre o filme: Se existisse uma nota acima do imperdível, este filme conquistaria este status. É impressionante como conseguiram reproduzir a vida do Mozart em riqueza de detalhes. O filme é absurdamente perfeccionista, e tudo é tão harmonioso que flui naturalmente. O maior medo dos cineastas é dizerem: "A fotografia / Cenários / Atuação do filme é boa", pois quando um filme é bom de verdade, as pessoas ficam tão envolvidas com as cenas que esquecem de analisar essas partes da produção! "Amadeus" faz isso de maneira maestral.

Como escrito na Sinopse, o filme conta a história de Mozart pela visão do músico "Salieri". Um homem totalmente desconhecido, que só não é mais graças a história do mestre das músicas, Mozart. A personalidade do Mozart foi reproduzida com bastante fidelidade, graças a pesquisas feita pelos cineastas. Ao contrário do que as pessoas pensam, o Mozart era LOUCO, tinha problemas mentais e não tinha freios na hora de falar besteiras, mas na mesma proporção de loucura, tinha de genialidade para a música.

Não preciso dizer que o filme recebeu 8 Oscars e foi indicado para 11. Além de ganhar 4 Globos de Ouro, muito mais do que merecidos.

Assistam, o filme já tem 26 anos, mas é tão eterno quanto as composições de Mozart. Ele é perfeito em todos os sentidos. Um verdadeiro clássico.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Invictus

INVICTUS

Indo para o BarraShopping com os amigos, ficamos num dilema sobre qual filme assistir. Depois de várias opções, resolvemos assistir a este filme do Morgan Freeman com direção do Clint Eastwood.


MUITO BOM





Sinopse: “Invictus” mostra Nelson Mandela, depois da queda do apartheid na África do Sul e durante seu primeiro mandato como presidente, quando se esforçou para que o país sediasse Copa do Mundo de Rugby de 1995. Uma grande oportunidade para unir seus compatriotas.

Sobre o filme: Vemos que é um filme que conta com a genialidade de Clint Eastwood para a parte de direção, ainda mais tendo Morgan Freeman fazendo brilhantemente o papel de "Nelson Mandela", mas poderia ser um filme "Imperdível" simplesmente se o enfoque do filme não fosse o jogo de Rugby.

As atuações são convincentes, as músicas vestem a cena muito bem, a edição do filme é QUASE perfeita (em alguns momentos há uns cortes meio bruscos que podem incomodar os mais exigentes, mas não a grande parte do público) . O sistema do filme é extremamente linear e tradicional, tudo que você conhece por um filme Hollywoodiano está presente, além de ele ser um pouco previsível.

O filme é uma adaptação do livro de John Carlin cujo o título em inglês é: "
Playing the Enemy: Nelson Mandela and the Game That Changed a Nation", e aqui está o seu maior pecado. O filme nos dá um gosto de quanto é interessante a trajetória do Nelson Mandela: Sua história de vida, seu caráter, etc. Por essas e outras, há um leve sentimento de frustração, pois o filme poderia contar a vida deste homem, e não apenas dar enfoque no campeonato de Rugby, por mais importante e inacreditável que ele fosse (quem assistir o filme pode acreditar que tudo é ficção, mas todos os eventos aconteceram). A mensagem de união, perseverança e esperança estão presentes o tempo todo.

É uma produção que deve ser assistido por todos aqueles que gostam de um bom filme tradicional . Mas justamente por ser tão tradicional, de certa forma previsível, e dar enfoque a seleção de Rugby Africana, o filme deixa um pouco a desejar. Em compensação, a atuação de Morgan Freeman e o perfeccionismo da produção dá a esta obra bastante valor.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

King Kong (1933)

KING KONG (1933)

Navegando pelos canais da TV enquanto eu estava no PC sem fazer nada, me peguei no início de um filme em preto e branco no canal "TCM". Como eu adoro o canal, resolvi assistir ao filme, quando de repente falam o nome da personagem loira "Ann Darrow" e me dou conta de que estávamos na primeira versão do filme "King Kong", a de 1933! Por eu ter gostado do Remake, resolvi assistir


-MUITO BOM






SINOPSE: Um cinegrafista fracassado, em sua tentativa desesperada de fazer um best seller, contrata uma atriz recém desempregada chamada Ann Darrow e embarca em um navio fretado para a Ilha da Caveira. Lá, eles encontram uma tribo de nativos que veneram um gorila gigante, de nome Kong. Ann Darrow é seqüestrada e oferecida como sacrifício a Kong. Para recuperá-la, os tripulantes, o cinegrafista e o escritor do filme têm que enfrentar dinossauros, insetos gigantes e o próprio gorila, que se apaixonou pela atriz.

Talvez eu tenha sido injusto em colocar "muito bom" ao invés de imperdível, considerando ser um filme dos primórdios do cinema falado, além de ter sido absurdamente revolucionário para a época, chocando os espectadores que assistiam ao filme! Mas o tempo passa, os padrões mudam, e alguns detalhes que não deveriam passar despercebidos não deixaram o filme "Imperdível".

A primeira coisa que observamos no filme é a história. Considerando a época, ela é extremamente inovadora: Um ser "irracional" se apaixona por uma moça, cineastas fracassados indo a uma ilha de nativos para fazer um novo filme, etc. Fora que todas as cenas são importantes.Ele é mais um filme em que você não se cansa ao vê-lo, todos os 105 minutos do filme são ótimos de assistir.

Outro ponto são os efeitos, apesar de hoje serem "risíveis" e com certeza ser considerado "trash" para o público, para a época era algo de deixar de boca aberta: Dois monstros gigantes lutando, ou então o King Kong pisando em um dos nativos com aquele pé gigantesco, era algo incrível. As pessoas diziam "Como eles conseguiram fazer aquilo?!?!?!", por mais irreal que fosse.

O auge do filme são os minutos finais:

SPOILER (QUEM NÃO QUISER SABER, NÃO LEIA A PRÓXIMA SESSÃO)

A cena em que o King Kong carrega a moça nas mãos e leva-a para o topo do Empire States é incrível, e merece realmente ser eternizada na história do cinema. O King Kong com medo de que a Ann se machucasse, coloca-a em um lugar seguro e se agarra ao prédio do Empire States, até que os aviões finalmente conseguem machucá-lo suficiente para cair do prédio e morrer.

Essa cena além de criativa, é genial pela carga emocional que carrega. Faz com que as pessoas que assistam o filme fiquem muito tristes com um macaco gigante "irracional", que destruiría toda a cidade, chorem por ele. Dá uma pena absurda do Kong.

Os homens do filme tinham mania de comparar a história dos dois com a "Bela e a Fera", e no final do filme o cineasta que trouxe o Kong para Nova York diz "Não foram os aviões que mataram-no, foi a Bela... que matou a Fera!", uma frase marcante, e que deixa o final do filme com uma carga emocional mais forte ainda.

FIM DOS SPOILERS

Um ponto negativo a destacar é a atuação. Não que seja necessariamente ruim, mas as cenas dramáticas poderiam ter sido melhor "encenadas". A última frase do filme, que é para ser marcante, é dita de maneira sem graça, e sem passar emoções. No remake a expressão do ator passa uma carga emocional forte. É compreensível que na época não havia tantas técnicas de atuação para cinema, e o método Stanislavisks (considerado o maior teatrólogo do mundo, ele ensina que quanto mais próximo da realidade for a atuação, mais agradará o público) não tinha penetrado ainda a "sétima arte".

King Kong é um clássico do cinema, e inspirou os filmes e séries "Tokusatsus" japoneses. E o que é para ser um filme de efeitos especiais, acaba por ser um drama. Merecidamente é dito como um dos filmes mais influentes do cinema, e deve ser assistido por todos que não tem preconceito com filmes antigos, e que amam assistir a um filme que utilizava o máximo da capacidade da produção possível na época.

Assistam o Remake para ter uma imersão maior no filme.
E assista o original para saber porque o filme foi tão importante para a história do cinema.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Godzilla (Gojira) - 1954

GODZILLA


O Blog não foi abandonado!

Depois de assistir "KING KONG" por acaso no TCM (próxima análise do meu Blog), pensei em ver outro no mesmo estilo. Pensando em "monstros gigantes atacando a cidade" lembrei logo do Godzilla. Pesquisando, descobri que existem 28 filmes com o Godzilla, e que em alguns deles conta com a participação do King Kong.

Depois de garimpar muito na internet, consegui assistir ao primeiro filme (de 1954!), considerado por muitos o melhor de todos.


- MUITO BOM




Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.

Influência do Filme: O primeiro detalhe a ser observado é o ano do lançamento do filme: 1954, quase 10 anos depois dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagazaki, que obrigaram a rendição do Japão perante os Estados Unidos. É constante as cenas referentes ao poder das experiências nucleares, sendo que o Godzilla é despertado com elas. Godzilla é a personificação do medo das experiências nucleares, isso fica bem claro.

Outro detalhe é que ele foi o primeiro grande filme Tokusatsu. Impulsionando o gênero que existe até hoje de maneira bem forte no território Nipônico.

Tokusatsu:Tokusatsu é uma abreviatura da expressão japonesa "Tokushu Satsuei" que significa "filmes com efeitos especiais". Antigamente o gênero englobava qualquer produção cinematográfica que usasse essa técnica. Atualmente é sinônimo de filmes, séries em live action de Super Heróis produzidos no Japão. Com ênfase nos efeitos especiais, mesclando técnicas de pirotecnia, computação gráfica, modelismo, entre outras. Exemplos de Tokusatus são: Cybercops, Changeman, Jaspion, Jiraya, Nacional Kid. A série Power Rangers é uma versão americana de uma sub-divisão dos Tokusatsus japoneses.


SOBRE O FILME: Godzilla surpreende por ser um filme que prende atenção do início ao fim. Não existe uma cena que possa ser considerada "Inútil", além dos efeitos especiais convencerem (considerando os padrões da época). A trilha sonora é marcante e deixa o clima do filme mais sombrio e medonho.A rápida edição deixa o filme dinâmico, além de algumas cenas de "pequeno suspense" que são mostradas, e que serão reveladas várias cenas depois.

De negativo temos a atuação, chega a ser risível em algumas cenas, a população assustada com o monstro gigante, ou então uma moça chorando sem cair uma lágrima no rosto, simplesmente deplorável. Por outro lado, as personagens são marcantes: O marinheiro "Ogata", "Emiko" e o "Dr.Serizawa" ficarão na lembrança daqueles que assistiram o filme.

Outro ponto interessante é que mesmo o filme sendo "Ação com efeitos especiais", ele tem várias partes dramáticas. Assim como a cena final que eternizou o filme King Kong e fez muitas pessoas chorarem nos cinemas dos anos 30, a cena final do Godzilla também conta com uma grande carga emocional, nos fazendo refletir e questionar.

Por fim, é um clássico filme do cinema Japonês.